O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


sábado, 15 de março de 2008

Nau do Amor

Para
Agostinho da Silva
e Paulo Borges


Por mares e sonhos
navega Nau do Amor,
manhã em céu de luz
vem apagar a dor.

Saudade num porto
lembrando sonho antigo,
velas rotas contra tempo
em busca de um céu perdido.

Tempo, tempo de amar
Sarando feridas do mundo
vai o sonho a flutuar
neste sentir profundo.

Por mares e sonhos
navega Nau do Amor
esperando a bela Ilha
onde germina a flor.

Saudade num porto
lembrando sonho antigo,
velas soltas no vento
em busca de novo abrigo.

Olhos postos no horizonte
escutando a voz do mar
vai ao leme a Esperança
de um dia Além chegar.

(Letra e Música: Maurícia da Conceição)

Fado
Pudesse a Nau salvar os navegantes no mar do Espírito
em todos os continentes espalhasse o Amor...
Que a tirania se apague!
“Pelo Sonho é que vamos”…

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