O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


terça-feira, 25 de março de 2008

Os amigos

Este post é a continuação do poema sobre os amigos, cuja primeira aparição repousa já algures no ventre da Serpente. Será um poema a continuar, a alterar, a trabalhar que, por enquanto, surge sempre sob a forma de esboço:

Os amigos

Os amigos crescem
Juntos
E depois
Partem

Os amigos vêem o mundo
Juntos
E depois
Já nada têm a dizer

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