terça-feira, 30 de março de 2010
Quanto mais de perto olhamos para uma palavra, tanto mais de longe ela nos devolve o olhar"
- Karl Kraus, Pro domo et mundo, Munique, 1912.
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Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".
"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"
- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente
Saúde, Irmãos ! É a Hora !
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3 comentários:
Por isso gosto tanto de olhar para elas...gosto do longínquo de onde nos olham...
Porque as palavras são como frutos de uma árvore. Se olhamos o fruto este nos devolve a árvore... e o recorte da montanha, para além da névoa, para além do que nos viaja, as palavras convocam o olhar para o que nos é distância, o não dito, o nó invisível da significação das "rosas" ou do Amor...
Já me afastei do que era para comentar, fui com a palavra, ela me trouxe de regreso!
Um beijo, daqui, Isabel e Paulo.
Sublime!
1 Abraço para o Paulo.
Grata pela partilha: desconhecia a frase.
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