Tudo se mostra
neste gesto de arredar a cortina
Para ver se lá fora chove
Tudo até as estrelas mais distantes
Assomam de leve a incomensurabilidade dum sorriso
Na verdade tudo presente e ausente
Numa ondulação de sempre
Dá uma consistência quase madura
À fugacidade das coisas
E ao de leve a noite vem
E o longe apaga-se nas cores do aqui
E do firmamento mostra a perfeição impossível
É a hora do lume e do abandono
A derrota suave de todos os começos
A muralha do sono em breve virá circundar a mente
Com um oceano de águas argênteas
E num barco de marfim
Serei de novo nauta dos avessos
2 comentários:
"Nauta dos avessos" - gostei de navegar o teu poema
abraço
Será uma 'Partida' perfeita!
A distância ainda me permite voltar, quando as marés me trazem aqui.
gostei muito, Paulo!
Beijinhos*
e beijinhos ao Platero*
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