O despertar do coração
A jugular do tempo
Rasgada pelo punhal dissonante da atenção
Ao rubro o sangue dos começos
Precipita-se em fios cálidos
No chão impossível da continuação
Baila em ritmos alucinantes
O que de dentro não tem exterioridade
Nem se aprisiona em masmorras egóticas
O mundo um incêndio a perdição em alada antecipação
Do que não haverá por não ter sido
E as flores serão flores
À noite as estrelas virão como sempre
Alvoradas distantes
Anunciar o presente
4 comentários:
"À noite as estrelas virão como sempre
Alvoradas distantes
Anunciar o presente"
É lindo...
Gosto muito da fotografia que acompanha o texto. No CCB, peça da Joana Vasconcelos (?)
Cumprimentos.
É da Joana Vasconcelos, sim. Uma obra que me fascinou principalmente por causa da forma como convivia com a luz.
:)
Vislumbre, da luz, em contraluz.
:)
Abraço
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