terça-feira, 11 de março de 2008
Um argumento a favor do eu ser consciência
Ser eu é ser para si.
Só a consciência pode ser para si.
Ser eu é ser consciência.
Este é um argumento válido, é impossível as premissas serem verdadeiras e a conclusão falsa; é consistente, é possível que ambas as premissas sejam verdadeiras; mas será sólido (válido com premissas verdadeiras)? A questão é: serão as premissas verdadeiras? Se forem, seremos levados a aceitar a conclusão. A segunda premissa parece-me bastante óbvia, quase baseada numa evidência; por isso, se quisermos atacar o argumento, teremos de atacar a primeira premissa (a menos que achemos que a segunda é mais fraca).
Só a consciência pode ser para si.
Ser eu é ser consciência.
Este é um argumento válido, é impossível as premissas serem verdadeiras e a conclusão falsa; é consistente, é possível que ambas as premissas sejam verdadeiras; mas será sólido (válido com premissas verdadeiras)? A questão é: serão as premissas verdadeiras? Se forem, seremos levados a aceitar a conclusão. A segunda premissa parece-me bastante óbvia, quase baseada numa evidência; por isso, se quisermos atacar o argumento, teremos de atacar a primeira premissa (a menos que achemos que a segunda é mais fraca).
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9 comentários:
Tanto erro científico também não! Aproveitar a folga e estudar lógica.
Algumas pistas: verdade e validade são coisas bem diferentes;
Atenção às regras silogísticas...;
rever o conceito de consistência/solidez;
Rever a forma canónica do silogismo: ou a conclusão não está bem ou a ordem das premissas está errada, em qualquer dos casos assim é difícil perceber o que é a primeira e ou a segunda.
Já se tinha percebido, já te tinham advertido, que és confuso, mas afinal não o és apenas a definir os conceitos, és também a conjugá-los.
E...assim...menos "eu" e mais consciência! Talvez mais consistência.
Calma rapaz, o Mestre merece melhor participação. Este post é mesmo de bradar aos deuses.
A distinção entre verdade e validade está bem feita no post: verdadeiras ou falsas são as premissas ou as conclusões dos argumentos, e válidos ou inválidos são os argumentos.
O argumento pode ser interpretado como um silogismo com a forma AAA mas, no entanto, interpretei-o como um argumento em lógica de predicados, que é válido, consistente e não sabemos se sólido (porque é um argumento dialéctico), segundo as regras de dedução natural para a lógica de predicados.
Como de resto é dito no post...
oh Deuses!! oh deuses!! oh deuses!! oh deuses!! É inacreditável! Será mesmo possível? Que havemos de fazer? Misericórdia, oh deuses! Ajudai o Nuno, ajudai-nos!!
Como é que isto, «esta coisa» é permitida aqui ?!!?!
isto é «dis-lógica» ou dislexia?!?
"Se todo aquele que é chamado tolo se tornasse tolo por isso, todos acabariam se tornando tolos. Se todos fossem sábios apenas por dizerem que o são, não haveria tolos entre os mestres"
Sutta-Nipatta
Ainda bem SÁBIO que não nos contagias com a tua sabedoria! Já viste se a tua infinita sabedoria nos contagiasse?! Chamaríamos às coisas o que nos apetecesse e seria impossível apelar ao teu bom senso, a uma coisa chamada humildade...mas tens razão, esse apelo já faz de nós tolos nesse sentido em que tu o tomas, não no sentido em que os Grandes o pensaram , porque constróis muitos argumentos dialécticos sem opositores e sem ninguém. Falas para ti próprio e, por isso, seja como tu te impões! Adeus SÁBIO! E fica bem...
Sem querer participar na estéril discussão que aqui acabo de ler, apenas diria o seguinte:
«O saber não é um sistema de tapa-buracos. Por isso, aqueles que parecem saber tudo, ou saber muito, como quem colecciona cromos e anseia completar o álbum já pensando no próximo, nos sufocam porque são um muro sem poros - a-poros, ou seja, «sem saída» (aporia) - para os outros. Mas, olá, também são para eles. E só sobrevivem porque o seu pensamento-prótese-inteligível já está morto. E vivem com ele como companhia. Pensamento feito simulacro («phantasma» em grego) que, porque sem se dar conta disso se supõe - como puro inteligível - seu inimigo (do simulacro). Saber e pensamento frios que não respiram. Ou respiram muito mal. De tão mofos que estão. Eis o pensamento e o saber de sebenta. Não há vacinas para isto. Pode-se contrair e curar. Mas há doentes crónicos. Zombies que andam por aí. Ou cyborgs antiquados que converteram o pensamento dos "fundamentos últimos" numa prótese inteligível. Fazendo-se filhos adoptivos de Platão. Cujo saber e pensar se filiaram definitivamente no sabido e no pensado.»
Mas quando esses funcionários taparem todos os buracos, cuidado, pois é a nós que eles - os de pensamento morto e frio - querem sufocar.
Atiram para cima da gente um muro de pedra disfarçado de ar e um muro de ar disfarçado de pedra. Mas o problema não é o muro de pedra ou o muro de ar...
Porque é que Bodidharma esteve nove anos na província de Wei no norte da China, contemplando um muro branco, quando da sua transmissão do budismo da Índia para aquele país?...
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