O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


terça-feira, 7 de julho de 2009

será ou não será, eis a questão

esta reflexão leva longe, até por exemplo, à ideia seguinte: será que a esta mesma segunda época não se deveria seguir, por ocasião das grandes revoluções da natureza, ainda uma terceira? Quando um orangotango ou um chimpazé vierem a desenvolver os orgãos que servem para andar, para manejar os objectos ou para falar, até que se forme uma estrutura humana contendo no seu mais íntimo um orgão para o uso do entendimento e desenvolvendo-se pouco a pouco por uma cultura social.
immanuel kant


planeta dos macacos? possivelmente é o que merecemos

2 comentários:

ceras disse...

"A todas estas interrogações fui incapaz de responder antes de ter compreendido que, não mais do que mitos, as máscaras não podem interpretar-se em si próprias e por si próprias, como objectos separados."

CLAUDE LÉVI-STRAUSS, La voies des masques, Plon, 1978.

baal disse...

podem interpretar-se a partir delas, simbolicamente, um simbolo distante do real e do imaginário, originário e especifíco, antes do que é teórico.