O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


quarta-feira, 30 de junho de 2010

Resposta às calúnias e insultos de que sou alvo na página de Fernando Nobre no Facebook, por membros do MIL

Olhe, Pires, já que me ataca publicamente e sempre pelo mesmo motivo, tenho a dizer-lhe o seguinte, supondo que seja dos meus inimigos aquele que ainda tem alguma capacidade de escuta: certamente que tenho todos os defeitos de que me acusa e mais ainda, mas de uma coisa pode estar certo - como sabe quem me conhece, o que não é o seu caso, defendo apaixonadamente os meus ideais e as minhas causas, contra todas as conveniências pessoais, como se constata ao expor-me aqui publicamente. E no fundo de que me acusa? De me ter fartado de ser insultado por ser budista, vegetariano e defensor dos animais num blogue, o da Nova Águia, de que era um dos administradores e por um grupo de pessoas que estavam ali convidados? De ter usado um pseudónimo num blogue que era um autêntico baile de máscaras, usando-o para responder à altura a outros pseudónimos e para atacar a todos, incluindo a mim próprio? Se guardou tudo, pode ver que não me poupei num exercício de auto-ironia que considero muito salutar. É claro que fui injusto e errei muitas vezes, mas porque só fala de mim? Já não se lembra dos palavrões, insultos e enxovalhos com que o seu agora amigo "Bar do Ossian", sob o pseudónimo de Klatuu, desancava toda a gente que se atrevia a discordar dele? Já não se lembra como foi tratado o Rui Martins e a sua amiga Isabel, entre muitos outros? Já não se lembra do que então você próprio dizia sobre ele? E já não se lembra do que era aquele blogue, com elogios do Renato ao Marcelo Caetano, posts favoráveis ao Hitler (estes apagados pelo Renato, verdade seja dita) e insultos constantes a quem se atrevia a discordar dos amigos e amigas góticos do Klatuu / Bar do Ossian? E este, ingrato, já não se lembra de como no início o defendi contra todos os que na Comissão Coordenadora do MIL o queriam pura e simplesmente expulsar do MIL e do blogue? O Renato e o Rui Martins sabem que isto é verdade. Tudo em nome da concórdia num projecto em que sinceramente acreditei e a que dei o melhor de mim durante dois anos tentando ser equidistante das facções em conflito. Porque só fala então de mim? Porque me fartei, apaguei um post seu em que mais uma vez me insultava e expulsei do blogue um grupo que não respeitava o anfitrião? Ou é por eu ser budista, vegetariano e defensor dos animais, coisa que o meu amigo não suporta, tal como o Renato e o Klatuu/Bar do Ossian? Mas, já que se diz um homem de esquerda, deve saber que esta é uma opção legítima numa sociedade livre e que aumenta a cada dia o número dos que fazem a mesma opção, que tanto irrita os seus hábitos alimentares. Olhe, Pires, sinceramente não vos quero mal e ainda bem que agora são todos amigos. Unam-se, sejam felizes e digam o que quiserem de mim. Agora eu estou no meu direito de achar e dizer que o MIL se desviou do seu projecto inicial, que era bem mais amplo e generoso, como está consagrado na sua Declaração de Princípios e Objectivos, por mim redigida. Se vir com atenção, fala-se mesmo lá no respeito pelos direitos de todos os seres vivos. Mas isto, para vocês, é letra morta. E está muito enganado ao dizer que eu usei o MIL e a Nova Águia para me promover: o contrário é a verdade. Foi o MIL que, enquanto eu lá estive, sempre usou a minha imagem social e académica para se credibilizar: o Renato fazia questão de colocar em todos os comunicados que eu, professor na Universidade de Lisboa, era o presidente. O que vocês não suportam é que eu tenha colocado um projecto ecológico e de defesa dos animais acima de uma visão estreita de Portugal e da Lusofonia. Como não suportam que eu denuncie o oportunismo de uma colagem a esta candidatura. Pode não ser o seu caso, mas o que digo aplica-se a muita gente. Eu não preciso de me colar a nada. Partilho com o Dr. Fernando Nobre, desde há muito, uma comum admiração por Agostinho da Silva e pelo Dalai Lama, personagem para muitos de vocês execrável.
Passem bem.

8 comentários:

Anaedera disse...

O caminhante deixa sempre algo pelo caminho e leva consigo a menor carga.
Melhores e maiores propósitos lhe surgirão.
Boa caminhada.

Nuno Maltez disse...

Sempre os mesmos... megalómanos. Basta olhar para as suas caras. Os textos, esses, lê-los na diagonal, para não poluir.

Nuno Maltez disse...

A generalidade das pessoas não olha a meios para subir de poleiro. Não percebo como é que o ser humano pode ser assim.

Nuno Maltez disse...

Mas verdade seja dita, também não percebo por que é que o Paulo se expõe tanto, numa página daquelas, a não ser porque pensa que ali consegue ter exposição suficiente para conseguir passar as suas ideias. Ou então porque simplesmente apoia a candidatura de Fernando Nobre. Enfim.

Paulo Borges disse...

Apenas porque apoio a candidatura. Abraço

Paulo Borges disse...

Apenas porque apoio a candidatura. Abraço

Rita Cardoso disse...

não faço ideia do que falam, não faço ideia do site e dos insultos e fernandos nobres e não sei quê. mas pá, isto é que é saber responder, limpo, sem ressabiamentos, a deixar os maus fígados para quem os já tem e, quem sabe, torná-los (aos fígados)mais saudáveis! aliás, de certeza que ficaram melhores.

Kunzang Dorje disse...

Paulo,
um grande abraço. A sua mensagem ao mundo está no meu coração. Quem não a vê e sorri é porque simplesmente está cego.
pedro rodrigues