O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


sábado, 5 de junho de 2010

Houve um tempo
sem hora marcada
sem dia nem noite
um tempo sem tempo
com tempo de ser

Abracei teu peito
beijei-te sem medo
e o sol nasceu cedo
dando conta do tempo

Muda a hora
o dia se prolonga na noite
roubando cada manhã

Nasço e morro num dia
Antes bato as asas
Voo e viajo

Tão doce é o presente
Tempo de sempre
Tão tempo de ser

2 comentários:

platero disse...

bonito

gostei

beijinho

ethel disse...

Obrigada, Platero! Beijos mil