O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


domingo, 6 de junho de 2010

DIÁLOGO BREVE

CARMINA BURANA

de ouvido pouco afeito aos caprichos da música, devo confessar-me feliz quando dei por mim a identificar com precisão a composição de origem medieval. De Carl Orff- até ousei acrescentar apenas de memória

nesta noite fiquei nos últimos lugares, numa cadeira de plástico mesmo ao lado do operador que rege (gere?) o SOM. No fim apoteótico da peça resolvo exibir os meus conhecimentos musicais, atirando ao homem da mesa-de-mistura:

- Carmina Burana?

ao que o empenhado técnico respondeu:

- não, esta noite é Mafalda Veiga

3 comentários:

Anaedera disse...

lá está...a perspicácia auditiva não é para qualquer um.
Pois como ouviu,
nem todos conseguiriam ouvir essas semelhanças!
Bj

Flávio Lopes da Silva disse...

viva!

fantástico!
sugestão para próximo poema:

o homem do leme

abraço

platero disse...

Anaedera e Flávio

beijinho à primeira - abraço ao segundo
Vamos ter chuva - mau para a praia e
para os fenos