O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


sexta-feira, 3 de julho de 2009


Dolce Far Niente, 1904 by
John William Godward

5 comentários:

Anónimo disse...

Descanso no olhar desta fotografia.

Dr Derviche disse...

a mim deu-me tesão

Ateria disse...

para parvo(a) só te faltam as penas!

De passagem disse...

Tanto quanto sei, a "Prima Folia", uma Associação Cívica de Setúbal...

De: Renato Epifoanio

B. Babel disse...

“Havia uma inércia de sapo em cada criatura que encontrava.
A pouco e pouco, fui conseguindo reconhecer o local onde estava: era uma região autêntica e real do nosso mundo, embora não passasse de um reflexo; estava no reino dos fantasmas-sósias, dos duplos que se alimentam da medula das suas formas terrestres originais, se empanturram, e quanto mais aumentam de volume, mais essas formas se consomem em esperança inútil espera da felicidade e da alegria.”

O Cardeal Napellus (Jorge Luís Borges)