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Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".
"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"
- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente
Saúde, Irmãos ! É a Hora !
Se estiver interessado em Cursos de Introdução à Meditação Budista e ao Budismo, bem como sobre outros temas, como Religiões Comparadas, Fernando Pessoa, Mestre Eckhart, Saudade, Quinto Império, contacte: 918113021.
6 comentários:
Foto de calar o próprio silêncio!
Ocorre-me aquele celebrado poema ("Liberta em pedra") de Natércia Freire, tão esquecida hoje entre nós.
Cito-o, entrecortado (pelo que, a ela, peço perdão):
"Livre, liberta em pedra.
Até onde couber
tudo o que é dor maior,
por dentro da harmonia jacente,
água, fria, atroz,
de cada dia.
(…)
Importa a liberdade
de não ceder à vida
um segundo sequer.
Ser de pedra por fora
e só por dentro ser.
(…)
Livre, liberta em pedra,
voltada para a luz
e para o mar azul
e para o mar revolto...
(…)
Entre o peso das salas,
da música concreta,
de espantalhos de deuses,
que fará o Poeta?
Natércia Freire
(in “Poemas e Liberta em Pedra” , pág. 94,
Soc. de Expansão Cultural, Lisboa, 1967)
as pedras - julgo que sobretudo nos climas tropicais - ganham dimensões e formas inusitadas.
lembro Nampula, em Moçambique, onde ´são frequentes cópias do Pão-de-Açucar brasileiro.
Bom Novo Ano para ti
As pedras são os relevos da poesia do mundo.
Um bom ano para ti, Francisco.
As pedras e os poemas em pedra, são - aprendi-o recentemente - as formas naturais onde repousam os que connosco afloram e nos visitam do mesmo solo das nossas memórias. São geografias de alma e espíritos do lugar, isso já tínhamos aprendido.
Um abraço, Saudades
da foto: a sensualidade de uma natureza prenhe, ousadamente graciosa e exposta!o contorno de um meigo céu que a beija em jeito de protecção, e amplexo.
adorei o poema q Lapdrey aqui citou e o coentário da Saudades, por tudo isto, é bom estar num espaço como este :)
grata
fabuloso. Benguela tb?
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