sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
Como seria a nossa cultura se ela fosse feita pelos livres, pelos sãos e pelos humildes, em vez dos que sofrem, estão sós e se sentem incompletos?
Acima de tudo, que critérios se usariam para definir a saúde, a liberdade (sobretudo de si mesm@), a humildade e a completude?
Muito se tentou no século XX "refundar" a cultura Ocidental, com resultados desastrosos.
De que forma a História nos poderia ensinar a fazê-lo de forma a que não voltássemos a pôr o pluralismo e, acima de tudo, vidas em risco?
De forma a que o maior risco que corrêssemos fosse cair no ridículo?
(desculpem-me tantas perguntas nos meus últimos posts, espero não estar a maçar vocês mais que a conta, mas quanto mais me embrenho nesta aventura, mais pergutnas me surgem, menos respostas, e mais sinto que escrever poemas ou textos em que digo "isto é" ou "isto não é" é algo completamente risível. Cada vez mais ponho em causa a própria pertinência do acto de escrever, ou até de pensar.
Desculpem-me o tom cáustico e a "sinceridade pornográfica" com que muitas vezes tenho escrito. Se não o fizesse, estaria a trair o que vivo e o que sinto.
Desculpem-me qualquer coisinha;-).)
Um grande abraço e desejo que fruam bem da "libertas Decembrica", desta festa extraordinária do "Sol Invictus",
A
Muito se tentou no século XX "refundar" a cultura Ocidental, com resultados desastrosos.
De que forma a História nos poderia ensinar a fazê-lo de forma a que não voltássemos a pôr o pluralismo e, acima de tudo, vidas em risco?
De forma a que o maior risco que corrêssemos fosse cair no ridículo?
(desculpem-me tantas perguntas nos meus últimos posts, espero não estar a maçar vocês mais que a conta, mas quanto mais me embrenho nesta aventura, mais pergutnas me surgem, menos respostas, e mais sinto que escrever poemas ou textos em que digo "isto é" ou "isto não é" é algo completamente risível. Cada vez mais ponho em causa a própria pertinência do acto de escrever, ou até de pensar.
Desculpem-me o tom cáustico e a "sinceridade pornográfica" com que muitas vezes tenho escrito. Se não o fizesse, estaria a trair o que vivo e o que sinto.
Desculpem-me qualquer coisinha;-).)
Um grande abraço e desejo que fruam bem da "libertas Decembrica", desta festa extraordinária do "Sol Invictus",
A
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7 comentários:
repensa bem na tua atitude
estarás a ser ridícula?
Não seria.
boas festas e feliz ano novo
para todos!
Boa noite Ana.
Não é usual responder-me, talvez não o faça também hoje. A vida segue e nós acompanhá-la-emos.
Não sei se servirá de ajuda, mas o que será mais ridículo do que o próprio acto da escrita?
Imagine apenas que ao escrever isto olho para os meus dedos que lentamente vão premindo o teclado...
Fiquei preso, em abono da verdade, a isto... quando diz "quanto mais me embrenho nesta aventura, mais pergutnas me surgem, menos respostas, e mais sinto que escrever poemas ou textos em que digo "isto é" ou "isto não é" é algo completamente risível" E não é que é exactamente essa a minha perspectiva. Ao ponto que chego, considerando-me ainda pleno em capacidade de raciocínio (se bem que agora é que se pagam as aventuras da adolescência), onde chegarei na escrita se grande parte das vezes não a compreendo? Onde quero chegar se escrevo poemas que nada mias são do que rasgos da acessibilidade da palavra? Não dizem nada! E desculpem a minha sinceridade. Não me dizem rigoramente nada! Se escrevo sobre a morte, não morro. Se escrevo sobre o infinito não chego lá. Se escrevo sobre amor não amo. e por aí em diante...
Para que escrevo?
Melhor, porque escrevo? (e mal, não estou a ser modesto)
O caminho que traçou, é deveras alucinante...
O meu já antes outros tantos perceberam que as palavras não servem, não se adequam, são imensamente limitadas. Ponto final. Malta doida :) já referênciou esta temática há anos a esta parte, e não os referenciarei, sabemos quem são.
Agora, refundar a cultura...
A cultura precisa de... agora bloqueei... a cultura...
se estou longe de entender o fenómeno cultural em Portugal... que posso eu dizer do que não conheço, sabendo que a "política" adoptada para a cultura é um acto particular de cada estado, que gere esse acesso da população como bem entende...
Afinal, o que importa?
Não, sei.
Um abraço, e as desculpas pela minha parte não são aceites :)
Feliz Natal e bom trabalho!
PS - Sem ser uma atitude nefasta, publiquei de imediato a seguir à Ana apenas com o intuito de dizer apenas isto, o que é ser ridículo?
E ao perguntar, pensava no meu trabalho.
As palavras do Nielsen ajudaram a serenar a minha moléstia forma de ganhar a vida.
Uma vez mais, um abraço.
Agora, a minha resposta.
Sou Livre, São e Humilde. Para não ser um agir totalitário, arrangem-se outros (as) de igual condição socio-afectiva. Após formado o grupo, delinear o projecto. Tudo corre às mil maravilhas, até se perceber passado tempo suficiente, que a ideia por nós apresentada é um marasmo de ideias comuns. Feitas de nós, para nós. Todos os demais saíriam lesados pois poderiam não ser comtemplados. Quer dizer, lesados ou protegidas as suas deficiências por uma redoma de vidro.
Em resumo, é totalitário, de uma forma ou de outra. Mas pertinente a pergunta... Acho que acabei por não lhe responder... nem à Ana nem à pergunta :)
Ao anónimo: De facto reconheço que estou a ser ridícula, ou melhor, que sou ridícula. E depois?
Ao Vergílio Torres: Muito, mas muito obrigada pelas suas sempre amáveis palavras.
Gostaria de ter mais tempo e calma interior para lhe responder assim que me escreve, mas nem sempre é possível. Peço ao Menino, neste Natal, que faça de mim também um ser Humilde, São e Livre. Essa será a melhor prenda possível.
Bem Hajam em um Santo e Feliz Natal para todos.
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