O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


sábado, 27 de setembro de 2008

O tempo cristal: eterno

Neste mundo actual, a mulher apenas se iguala perfeitamente ao homem ao ser diferente, repetindo-se o mesmo para os outros fenómenos, como por exemplo relativamente aos momentos, este preciso momento é sucedido por outro que a este se encadeie como igual, estando implicado que seja diferente. O caminhar da Terra até ao seu centro leva a que mesmo o diferente se apresente como igual...

A mulher igualar-se-á então ao homem? Não. Espelhará inteiramente o homem, tal como o seu inverso, e só assim a igualdade se pode dar na vida... pois o outro modo de igualdade implicaria sobreposição num só ser-corpo, e disso já Adão o soube quão aborrecido é... :)

9 comentários:

Unknown disse...

Por-tu-do-i-g-u-al

O português (em sentido lato!) é contraditório?
Porque o português sente a vida momento a momento, entende que mesmo mantendo-se igual a vida muda sempre. Porque sente a necessidade de acompanhar o que a vida é e não o que a mente se habituou a vê-la ser. Porque o português não é deste mundo - em potência. É do mundo em que mesmo o diferente é-será igual.

Unknown disse...

o português é como o pó que se soltou da estátua do sonho do Rei da Babilónia... que nome se dá ao pó que cobre agora - e cada vez mais - a Terra inteira??

Po-rtuguês?
Po-de ser... ;)

Unknown disse...

e já cantava alguém

" é de sonho e de pó...
o destino de um só..."!

Unknown disse...

o mesmo é dizer...

"é de sonho e de pó(rtugal)
o destino de um só(l)"

Unknown disse...

Ahh estarei eu po-ssuída?

Hmm ou estaremos a ficar todos?...

:PP

Que seja!! Pelo AMOR... é a altura de plenamente o mundo espelhar o Império de ROMA! :)

rmf disse...

Anita, não perdoas nem deixas ponta solta! :)

Que posso dizer. Que talvez concorde... que talvez discorde... não interessa, o que interessa é ler a forma como relacionas dois seres, biblicamente primogénitos, um ser de cada um, com a sua individualidade, com as suas diferenças, com as mesmas semelhanças, e tão distantes um do outro, ao sentido da unificação... ou não... :)

No campo natural, evolutivo, biblicamente fora disso, a análise sequenciada é bem mais escorregadia. O plano sociológico e de organização da espécie, o campo genético e tradicional, o campo ideológico, muito importante, a interrelação com as outras espécies como base valorativa da intra-inter-relação, subsquentes mutações e desvios ao normal comportamento, factores não previstos and so on... a mutabilidade de tudo isso é vertiginosa e deveras inclassificável...

Não é também esse o teu intuito. Percebo. Há perguntas que ficam no ar. Creio não ter respondido a nenhuma porque também a isso não me propuz. As perguntas ficam. As respostas virão... Um dia, ou uma noite... virá a resposta ao todo, em forma de resultado em forma perpetuada em forma de silêncio. Será a resposta para todas as perguntas enumeradas, classificadas, inventariadas, discutidas... por nós, serpentes do individual assexuado.

Um grande abraço.

Unknown disse...

Ou verdadeiramente sexuado!... :)

Como ver a existência de um indivíduo sexuado separado do respectivo...

rmf disse...

Discutível... discutível... :)

Anónimo disse...

Olha! Outra vez! toma lá mais um abraço!