O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Anónimo


Um Lobo e um Barco encontram-se em alto mar.
(Pausa)
Nem o Barco sabe o nome do Lobo,
Nem o Lobo sabe o nome do Barco...


VT

4 comentários:

Unknown disse...

Que foto... ...

Unknown disse...

(é incomunicável)

Semente disse...

para quê darmos nomes a coisas, pessoas, seres, situações que valem dentro de nós sem serem nomeadas?

Para quê?
Quando podemos contemplar maravilhas em silêncio
:)

Unknown disse...

É giro que no fundo todo o sentir (e com ele, tudo o que é sentido) é mesmo o nome que aqui está:

anónimo.