O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


terça-feira, 4 de março de 2008

Tenho de vos contar isto para finalmente conseguir dormir

Passei o serão a (re)ver as "Conversas Vadias" no youtube e digo-vos que, mais inesquecíveis ainda do que as palavras do querido Agostinho, são os seus olhos doces, doces, de uma docura e ternura infantil ... Olhos estes que, mais do que mil palavras ou toda a sua obra escrita, transmitem a essência da sua mensagem. Quem aprecia o seu olhar aprecia a essência do pensamento Agostiniano.

Qual é o segredo para manter um olhar de tal inocência, de tal candura em idade avançada?

Como é que ele conseguiu se manter tão incólume á perca de inocência que significa crescer e envelhecer?

3 comentários:

Anónimo disse...

Porque soube manter a memória da origem anterior ao nascimento, como conto no "Caderno de Lembranças" ! E porque soube viver para o bem comum, como narro na minha vida ! E porque nunca me vi, por isso, como ninguém de especial, ao contrário do que parece fazer crer este usurpador que assina estas palavras com o meu nome !

Anónimo disse...

Ah ! E dorme bem !

Ana Margarida Esteves disse...

Obrigada, avôzinho (que rima com Agostinho);-)!