O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


terça-feira, 6 de outubro de 2009

transcendência, doença propriamente europeia. eu, invenção de um modo de vida fascizante.

2 comentários:

Joana Serrado disse...

e a saudade e a ânsia como se relacionariam entâo com estes (teus) limites europeus?

baal disse...

saudade???, ânsia???, joana essas são definições 'molares', a saudade e ânsia (desejo) são sempre agenciamentos, o devir revolucionário é criar sobre o criado é um devir desejante, nómada, porque acentrado em relação aos universais(doença 'mais presente'' no ocidente), quando desejo e sou reduzido a universais, sempre transcendentes, aceito uma ordem e uma hierarquia que não passa de um devir fascizante, é preciso sair dos grandes universais e criar um devir molecular que possa romper com esta estrutura sufocante e permitir a vida na sua plenitude, imanente com tudo e a tudo.