domingo, 25 de outubro de 2009
O outro como figura central do Cristianismo; o amor ao outro como o mandamento cristão; Cristo amigo da Humanidade
Dou-vos um novo mandamento: que vos ameis uns aos outros; que vos ameis uns aos outros assim como Eu vos amei. Por isto é que todos conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros.
Jo 14, 34-35
É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros como Eu vos amei. Ninguém tem mais amor do que quem dá a vida pelos amigos.
Jo 15, 12-13
Jo 14, 34-35
É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros como Eu vos amei. Ninguém tem mais amor do que quem dá a vida pelos amigos.
Jo 15, 12-13
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28 comentários:
Para quem... falava Cristo?!... JCN
Para todos aqueles que amam os outros, já que todos os que amam os outros são discípulos de Cristo. Escrevo "amigo da Humanidade", por entender que a redenção de todos é possível.
Porque se interpreta quase sempre o "outro", no cristianismo, como o outro homem? Será que Cristo definiu e reduziu ao ser humano o "próximo" quando exortou a amar o próximo como a si mesmo?
É por isso que Pascoaes, por exemplo, chegou a considerar São Francisco de Assis superior a Cristo, por ter alargado o amor cristão a toda a criação... Sobre esta questão, e a excentricidade do pobre de Assis face ao modelo judaico-romano de dominação da natureza, devido à influência da lírica provençal, é útil ler Max Scheler, "Natureza e Formas da Simpatia", livro muito lido por José Marinho e outros filósofos portugueses.
Não creio que exista o "próximo". Próximo é aquele de quem nos consigamos aproximar, ou, melhor, reconhecer e sentir a sua proximidade, se não for intimidade. Porventura até as pedras da calçada poderão ser incluídas nessa grande simpatia, como acontece nas letras de alguns fados.
Porque não se há-de amar tudo?
Vinte valores! JCN
Penso que Cristo estava sobretudo preocupado com a paz entre todas as pessoas humanas. Penso que queria uni-las sob a Sua martirização.
Se essa paz for extensível a tudo, tanto melhor (e sei que este "tanto melhor" é leviano). Mas a paz entre todas as pessoas humanas seria um bom começo.
"FAZ TAMBÉM COMO ELE!"
Segundo Lucas,um doutor da lei
a Cisto perguntou publicamente,
para o comprometer perante a grei,
como é que se vivia eternamente.
Jesus, dando-se conta da intenção,
instou-o a que, de moto pessoal,
dissesse os termos da legislação
que manda amar o próximo em geral.
"Mas... ele é quem?" - Jesus sem responder,
dando-lhe a volta, o fez reconhecer
o belo gesto do samaritano
que ao desgraçado, a quem fizeram dano,
com desvelo o tratou do ferimento
sem dele ter sequer conhecimento!
JOÃO DE CASTRO NUNES
Há verdades que não vale a pena repetir... por demasiado óbvias. Acabam por enfastiar! JCN
Há que ter presente que Cristo falava falava em especial para os judeus que cordialmente se detestavam uns aos outros. Só picardias. No resto do mudo civilizado, de estirpe greco-romana, e não só, já o amor entre as pessoas era a filosofia dominante. Verdades como punhos. JCN
O que não é o caso hoje em dia, caro JCN. A sociedade está podre.
Parecemos zombies. A sociedade parece a matrix.
A pergunta, JCN, é: a mensagem de Cristo não é universal (ou não pode ser universalizável)?
Não partilho do seu negativismo, senhor Caminhante! Ainda há muita gente boa. No dia em que do contrário me convencer... parto a minha lira no joelho! JCN
Há dias vinha de Carcavelos para Lisboa ao início da noite, e vi, do lado contrário da auto-estrada, a enorme, infindável, fila de carros parados. As luzes acesas por entre a escuridão. Pensei: são as mesmas pessoas que todos os dias percorrem este caminho. Assemelhou-se à imagem do Matrix, quando Neo vê os "cocoons" onde os (in)umanos estão.
Cristo, senhor Caminhante, veio dizer o óbvio... que só para os judeus, seus compatriotas, o não era. Saia para fora das fronteiras do mundo judaico-cistão e deite uma vista de olhos por todo o restanto mundo antigo, onde há muita afirmação de salutar humanismo, como aliás nos dias de hoje. Há que situar as coisas e as pessoas no seu devido tempo e lugar. Já pensou como é que a mensagem de Cristo se difundiu... quando os judeus se fecharam em si mesmos?!... Quem o difundiu, então?... JCN
Como se difundiu? E quem a difundiu - São Paulo?
Deixe-se dessas fantasias, senhor Caminhante, e assente os pés no solo, vendo a banda passar, quero dizer, os automóveis... de faróis rasgando as trevas da noite! Não se espraie em congeminações e comparações sem pertinência. Parece que vossemecê anda seduzido pelas luzes da MAtrix. Ora bolas, senhor Caminhante! Porque não tenta a Poesia?!... JCN
Qual S. Paulo nem qual carapuça?!... JCN
Sinto-me em paz dentro de igrejas vazias. Especialmente algumas. Ocorreu-me enquanto escrevia a primeira frase: será o Espírito uma igreja vazia? (Que raio quer dizer isto?!)
Devido à nossa conversa, publicado n' A caminhada:
Como não aceitar como endoutrinação o que não brota de dentro de nós?
Pergunta-me a mim se "o Espírito é uma igreja vazia"?... Como vou sabê-lo? Nem sou a sibila de Cumas nem o oráculo de Delfos. Sou uma pobre criatura... que anda à procura de Deus, onde quer que seja. Dentro ou fora das igrejas. Estará Ele... na pele do Saramago?!... Hipótese... a considerar. Que fiteiro me saiu este filho de Caim! JCN
Senhor Caminhante: já se convenceu de que ninguém... tem Deus no bolso?!... JCN
A resposta está no próximo post, JCN, que publiquei em múltiplas fulgurações n' A caminhada agora extinta e em www.fulguracoes.blogspot.com, que criei ainda agora.
O Caminhante perdeu-se
de tanto Deus procurar:
no finalaborreceu-se...
e acabou por se calar!
JCN
Ante maior sabedoria
há que saber ouvir
não há maior alegria
do que evoluir.
Para lado nenhum
ou onde pousar
haverá sempre algum
se de algum não restar.
E que ainda não reste
mais que o repousar
não é que não preste
pois é santo lugar.
Santo é o recanto
de onde vem a palavra
que é alegre sem pranto
e que o pranto lavra.
Tenha dó, senhor Caminhante: afine la o cavaquinho! JCN
Senhor Caminhante
tenha lá dó
e entenda-se a si
como mero pó.
Como mero pó
da terra saído
sozinho e só
algures perdido.
Algures perdido
na imensidão
longe do alarido
da confusão.
Da confusão
de um mundo demente
cheio de ilusão
e todo clemente.
Santa parvoeira!... JCN
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