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Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".
"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"
- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente
Saúde, Irmãos ! É a Hora !
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4 comentários:
Para quem aqui tanto se abespinhou com o poema de Alfredo Pimenta "Balada do Pequeno e do Grande Filho da Puta", e o mais bla bla bla de "Aqui d'El-Rey!" que lhe saiu irrompendo do cuco empenado da boca, está muito bem este, sim senhor, senhor doutor JCN. Anotei, para pósteros propósitos.
Entretanto, gostei tanto, que até me deu um regurgitamento para dentro, lembrando-me uma outra vez daquela do tripeiro prelado, mais o bom do dom abade das tripas à moda de gaia (ou será de góis?).
Pode não se gostar ou "gramar" Saramago, e eu não gosto nem "gramo", mas não me passaria pelo desconchavo substantivar por tal jaez o homem, já um tanto notavelmente caquético do esqueleto. Será coisa de mútuo espelho, senhor sonetista da resma?
Isso, que dá a todos que a tal número de anais cheguem, não dá licença de apoucar. Aliás, senhor doutor, como o faz tão de fácil mão agora, quando se aqui queixou de lho fazer este que agora o comenta?
N.B.
No fundo, convenhamos, em quem não suporte ou não trague Saramago sempre basta se lhe salienta uma certa invejidade da celebridade em vida do dito nobelitado Zé do povo, que começou tratando de porcos (honra lhe seja!).
Tal invejinha se procura ocultar o melhor que se sabe e pode, mas o facto é que quanto mais se quer dar-lhe esconderijo mais ela se avantaja no timbre do brasão inimpresso e mais bota fora, em capitel, a cabecinha um tanto perdida.
As palavras... são para as ocasiões, sr. Damien! O resto... dou de barato. Não há pachorra... para congeminações de pároco de aldeia. Ora aqui temos um caso em que o carismático prelado portuense diria: "Porra, senhor abade!". E eu... com Pinto da Costa: "carago", senhor Damião (de Góis)! Grande carago!
Concordo consigo nos gómitos.
Já era altura de o sr.Damien "amochar", baixando a grimpa. Não acerta uma. Não consegue atirar um dardo... em linha recta. Saem sempre... enviesados. Que aprenda com a "saudadesdofuturo"... que não erra um tiro. Sempre a matar, mas com elegância. Às suas mãos... até dá gosto... morrer! JCN
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