O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


segunda-feira, 19 de outubro de 2009

RACISMO


pretos brancos amarelos
mais ódio?
mais guerras?
mais amor?

antes de serem
montinho de farelos
todas as caveiras são
da mesma cor

4 comentários:

Luiz Pires dos Reys disse...

Racismo?
Pareceu-me mais é "colorismo".
Que é o que o farelo não é. :)

João de Castro Nunes disse...

Que estranho pintor... vossemecê me saiu, senhor Damien, à conta do tal "farelo" em que vossemecê se há-de transmutar, passando de nada a menos que nada... e acabando vedicamente em tudo, que no fundo não é mais que nada! Que nevoeiro! JCN

Luiz Pires dos Reys disse...

De comentário ao texto de Platero, bem mais importante que o meu comento: nicles!

Eu devo ter mel!
O meu nevoeiro é muito docinho, com certeza.

Os meus respeitos, descoloridos ou semipolaroids, ao senhor Doutor das fareladas e dos vossemecês.

João de Castro Nunes disse...

Vossemecê deve ser mel... de vespa: amargo como rabo de gato! JCN