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Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".
"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"
- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente
Saúde, Irmãos ! É a Hora !
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6 comentários:
Que escuro! Já parece a mente do Saramago! Agora é que vou precisar de uma candeia! JCN
Belém, depois da Nazaré...
O mesmo abismo?
O Antero tem uma relação umbilical com o mar.
Devemos ter cuidado com o que amarramos a uma âncora. A esperança afunda-se (afunda-nos) se queremos ancorá-la, ou se nos querermos ancorar a ela.
:)
O verso de Quental é verbo "escuro", como diz muito bem João de Castro Nunes, mas é dolente a sua música, abismal, sim!
É ampla a sua extensão... ampla como o mar, sim! É sobretudo triste, duma tristeza irremissível, mas belamente respirados envolvem o ar... Gosto de Antero, muito.
Perigam-me, como diz o Paulo Feitais, de outro modo, perigam-me a saúde e o nervo a esperança que ali se afunda.
Gostei de ler esses versos. deu-me vontade de os reler... Não quero e quero!
"Lenta e amorosa"[...]"poesia das coisas".
De súbito (e é Agora) emudeço!...
Devo esclarecer que, quando fiz o meu comentário de abertura, apenas se via no meu computador uma mancha negra... sem qualquer texto escrito. Daí... a minha exclamação, que obviamente retiro ao constatar que a referida mancha serve de pano de fundo a um poema do Santo Antero, cujos sonetos, em número de 127, sei de cor e salteado desde os meus tempos de rapaz. De qualquer modo, foi um rxcelente pretexto para mais uma vez mandar às malvas... a pregação do anti-cristo. Tomara ele! JCN
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