quarta-feira, 28 de outubro de 2009
As pátrias morrem às mãos dos que as defendem
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Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".
"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"
- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente
Saúde, Irmãos ! É a Hora !
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6 comentários:
Até acontece que os parteiros sejam os carrascos... Quanto mais os protectores!
Simples frase... destituída de sentido, para mentecaptos se entreterem. Boa para Saramago! JCN
Não tenho a completa certeza se a "defesa da pátria" seja a melhor ou sequer a única maneira de "defendê-la".
A questão que aqui se coloca é, creio, a de saber como pátria, nação, território, autonomia, independência e identidade se correlacionam e interagem.
E, até, se tal importe (saber)...!
Nunca o sentimento de pátria esteve tão arraigadamente entranhado na consciência e no procedimentos das actuais populaões europeias, a começar pela ex-soviética Rússia... de Putin! Inquestionável. JCN
Não estará, caro JCN, a "con-fundir" o "sentimento patriótico" com o "sentido da pátria"?
O sentimento é manipulável politicamente; o sentido, não.
A meu ver, não há patriotismo... sem pátria, como não há luz sem sol nem chama sem vela, poeticamente falando. JCN
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