terça-feira, 27 de outubro de 2009
"Sem deixar atrás de mim nenhum rasto por todo o lado irei"
O ruído seco de uma pedra contra um bambu!
E tudo o que tinha aprendido foi esquecido num instante.
Não havia nenhuma necessidade de exercício e de disciplina.
Em cada acto e movimento da vida quotidiana
Manifesto a Via eterna.
Não mais cairei numa armadilha escondida.
Sem deixar atrás de mim nenhum rasto por todo o lado irei.
- Hsiang Yen
E tudo o que tinha aprendido foi esquecido num instante.
Não havia nenhuma necessidade de exercício e de disciplina.
Em cada acto e movimento da vida quotidiana
Manifesto a Via eterna.
Não mais cairei numa armadilha escondida.
Sem deixar atrás de mim nenhum rasto por todo o lado irei.
- Hsiang Yen
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3 comentários:
"O ruído seco de uma pedra contra um bambu!" é a mais afiada das lâminas.
Não deixa "nenhum rasto": é ele o rasto mesmo... da "armadilha escondida".
Um estado de alerta, de máxima concentração e simultaneamente, (paradoxo dos paradoxos!) de máxima dispersão. Calma e tensão: o que acontece, acontece verdadeiramente ali! Irrepetível, sem deixar rasto!...
Não se deixando apanhar... aprisionar, a mente segue sem deixar rasto, sempre as ideias a nascer, novas, fluindo na dança...
até... ZUT!
A armadilha!
É Zen, a estética da nudez.
hitotsu ochite futatsu ochitaru tsubaki kana
Uma cai ...
E duas caem a seguir —
Camélias!
Shiki
.................................
mono okeba soko ni umarenu aki no kage
Em qualquer lugar
Onde se deixem as coisas,
As sombras do outono.
Kyoshi
.................................
kono michi ya yuku hito nashi ni aki no kure
Por este caminho,
Ninguém mais passa —
Tarde de outono.
Bashô
...
Boa noite.
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