terça-feira, 6 de outubro de 2009
“O que chamamos começo é quase sempre fim / E atingir um fim é atingir um começo” - T.S. Eliot
Três condições há que amiúde parecem semelhantes
E, contudo, ainda que por inteiro difiram, florescem como se fossem sebe do mesmo cercado:
Apego ao eu, às coisas e às pessoas, desapego
Do eu, das coisas e das pessoas; e, crescente entre ambas, uma indiferença
Que se assemelha às demais como a morte à vida,
entre duas vidas situada; inflorescente, entre
a ortiga viva e a morta. Eis a utilidade da memória
Para a libertação; não menos amor mas sim expansão dele
Mais lá do desejo, e libertação, pois,
Do futuro e do passado. É assim que o amor a um país
Começa por ser apego ao nosso campo de acção
e acaba por ter tal acção como de pequena monta
Conquanto nunca indiferente. A história pode ser servidão
Ou pode ser liberdade. Vede como agora rostos e lugares
se desvanecem junto com o eu que, conforme pôde, assim os amou
Para renovarem-se, transfigurados, segundo um outro padrão.
T.S. Eliot, Four Quartets, “Little Gidding”, III
(in:”Thomas Stearns Eliot, “Poems”, The World’s Poetry Archive, 2004, pág. 44)
E, contudo, ainda que por inteiro difiram, florescem como se fossem sebe do mesmo cercado:
Apego ao eu, às coisas e às pessoas, desapego
Do eu, das coisas e das pessoas; e, crescente entre ambas, uma indiferença
Que se assemelha às demais como a morte à vida,
entre duas vidas situada; inflorescente, entre
a ortiga viva e a morta. Eis a utilidade da memória
Para a libertação; não menos amor mas sim expansão dele
Mais lá do desejo, e libertação, pois,
Do futuro e do passado. É assim que o amor a um país
Começa por ser apego ao nosso campo de acção
e acaba por ter tal acção como de pequena monta
Conquanto nunca indiferente. A história pode ser servidão
Ou pode ser liberdade. Vede como agora rostos e lugares
se desvanecem junto com o eu que, conforme pôde, assim os amou
Para renovarem-se, transfigurados, segundo um outro padrão.
T.S. Eliot, Four Quartets, “Little Gidding”, III
(in:”Thomas Stearns Eliot, “Poems”, The World’s Poetry Archive, 2004, pág. 44)
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