segunda-feira, 8 de março de 2010
Se a mão escreve com o tinteiro da alma
Logo prefiro uma escrita azul
Como o leopardo que pari em poema branco
Daqui em diante escreverei frutos
E com os dedos em chamas acenderei as palavras e as mulheres nas ramadas
Se me recolho como o verão se recolhe para ver entrar a chuva
É dia de dizer aos amigos que volto já e apagar distâncias
Se o sol abrisse uma loja em cada esquina a felicidade teria bons preços
E a cada instante cobria-se o precipício com valentia
Escrevo pelas manhãs porque é nas manhãs que a língua acorda
para o milagre
E saibam que não há fenómeno no fígado que derreto
quando o azul da tinta se acaba.
Logo prefiro uma escrita azul
Como o leopardo que pari em poema branco
Daqui em diante escreverei frutos
E com os dedos em chamas acenderei as palavras e as mulheres nas ramadas
Se me recolho como o verão se recolhe para ver entrar a chuva
É dia de dizer aos amigos que volto já e apagar distâncias
Se o sol abrisse uma loja em cada esquina a felicidade teria bons preços
E a cada instante cobria-se o precipício com valentia
Escrevo pelas manhãs porque é nas manhãs que a língua acorda
para o milagre
E saibam que não há fenómeno no fígado que derreto
quando o azul da tinta se acaba.
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2 comentários:
Bolas! Isto é mesmo maravilhoso de se ler!
Caramba! Parabéns!
Não há vez que aqui venha e que não fique completamente encantada com as palavras que aqui nos deixa na Serpente!
Sol parece que está mesmo tentado a abrir Loja nesta esquina do Inverno
abraço
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