quinta-feira, 18 de setembro de 2008
Ser essencial a cada instante
"Ser essencial a cada instante, é fazer do seu rosto uma máscara mortuária"
- E. Cioran, Le Livre des Leurres, in Oeuvres, Paris, Gallimard, 1995, p.182.
- E. Cioran, Le Livre des Leurres, in Oeuvres, Paris, Gallimard, 1995, p.182.
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28 comentários:
"A doença de um indivíduo mede-se pela frequência da palavra vida no seu vocabulário" - Cioran
Cioran nao era exactamente um exemplo de saude, a comecar a nivel mental;-) ...
Porque não!? Sabes o que é a saúde mental?
A vida intensa coincide com a morte. Não será isso?
ninguém diz mais nada? e eu a pensar que podia aprender alguma coisinha! ó céus!
Alguém sabe o que é um instante?
"ninguém poderá dizer onde estão. Imersos no escuro, por ele iluminados, são Actores que ascenderam à raiva, mais das palavras que dos sentimentos, vemos-lhes as Caras, o mover dos beiços, a sua cor vermelha que se move (...) um pequeno ângulo, umas linhas a fingirem de pestanas, (...) natureza morta iluminada, um continente de muco (...) zonas de um corpo que se se concentra para não morrer, sem ordem nem método, mas a MANCHA, uma ausência de corpo, O QUE LHE FALTA PARA A SUA TOTAL INTEGRIDADE, " (in Rui Nunes, Álbum de Retaratos). Com um abraço para Paulo Borges.
Cioran exactamente, exactamente, talvez não fosse, mas pelo menos era criativo!
É curioso como a criatividade de Cioran e a sua escrita tão profunda e intensa lhe advêm do furioso desejo de superar todo o ser e regressar ao nada!...
Creio que antes de eu ter nascido os meus pais também tiveram esse furioso desejo meio mareado... Creio!Não sei bem. Talvez o Schopenhauer saiba explicar isso melhor.
P.S. Vamos combinar uma coisa. Desta vez não vale dizer que não há nascer e morrer, pode ser!
Finalmente alguém vê que tudo isto tem a ver com a tusa, como se diz aqui no Alentejo e noutros lugares civilizados!... É tudo uma questão de pujança primordial, ou seja, de tesão!... Diz-me aqui o Rumî, que mesmo com os copos é um homem culto, que tesão vem de "tensione"... Ele lá sabe, porque o Senhor e o tintol, que são uma coisa só, tudo lhe revelam!...
Mas para mim a verdade é só uma e é esta: TESÃO OU NÃO TESÃO, eis a questão!
Topas, ó Cheicuspir!?... Com esta é que não atinaste porque não és alentejano e não foste à Tasca do Tizé: se fosses, tinhas comido mais miúdas e escrito menos cenas malincónicas e malucas!... Vê lá se ressuscitas do túmulo e da literatura e apareces por aqui, que com a chuva as lesmas já estão a aparecer, mesmo gordinhas, luzidias e lindas!
Para quem não me conhece, porque há muito que não perco aqui o meu rico tempo para não fazer nada, lesmas é isso mesmo: lesmas e mais tudo o que vocês pensarem, ó narcisinhos dos blogues, que trocam o céu e a vida pelo espelho do écran!... Saiam dessa, amigos, que não tarda batem as botas e vão-se com a vossa literatice e livralhada toda pr'ó ....... ! (imaginem o que não escrevo, senão vem aí o paulinho, apaga esta merda toda e ainda me expulsa e a serpente perde de vez toda a piada!...)
Tchau!
bom regresso, manuelinho! Só tu para animar esta serpente moribunda.
Brindemos pois, com um bom tinto ao manuelinho, às lesmas, às miúdas e ao alentejo... Saúde e vai aparecendo por cá.
Ainda bem que voltaste, Manuelinho. Fazes ca muita falta:-)!
Um grande abraco de uma quase conterranea que tem tido muito pouco tempo pra escrever aqui pois tem estado muito ocupada a VIVER!
Uma brisa de ar fresco para reanimar a letargia instalada.
Um abraço para o manuelinho!
PS - Isso é que foi desenbuchar amigo...
Luís,
Essa analogia para os Actores está muito bem caçada!
Muito bem mesmo! No entanto, de uma abordagem mais contextualizada percebe-se integralemente o propósito das tuas palavras. Não posso estar mais de acordo. Percebe-se porquê.
Um abraço.
Manuelinho, também já sentia saudades tuas! Mas vê lá se tens tento na língua, está bem!?
Abraços para todos
Manuelinho, nao liges ao que o Paulo diz, OK;-)?
Ó Manuelinho, contámos os pontinhos todos... e é isso mesmo! E fizeste muito bem em mandar umas bocas ao Schopenhauer que não percebia nada de mulheres: dizendo ser “o sexo feio que não tem o sentimento do belo”... que não foram feitas para “prazeres excessivos”, e outras coisas tais... vê-se mesmo que o gajo nunca teve com umas miúdas boas na cama! Na cama e não só. Tacanho. Que são “verdadeiras crianças toda a vida”... o gajo que apareça cá que nós lhe ensinaremos o que é isso de criancice e, et cetera.
E mais, Manuelinho, concordamos com a Ana Margarida: não ligues ao que Paulo te disse, anda muito moralista.
Ó schopenhauer, tu devias gostar de meninos pequenos... leia-se: "Observe-se uma jovem brincando um dia inteiro com uma criança, dançando e cantando com ela, e imagine-se o que um homem com a melhor das vontades, poderia fazer em seu lugar." E não me venhas dizer que ias jogar xadrez, ias ao teatro, ias a um museu e coisas afins... ou melhor, ias para a cama com uma jovem mulher... pois, antes fosses! mas se as não suportavas... devias ter orgasmos a ver uma obra de arte (porque eram executadas por homens) ou quiçá a brincar com crianças?!
Estou convosco pontinhos, o gajo era uma merda.
Tu é que tens juízo, manuelinho!
curtes as lesmas, as donzelas e o bom vinho. Isso é que é de Homem... não és como este gajo que não percebe nada de mulheres. Será que o fulano gostava da mãe?!
Acham mesmo que o Manuelinho estava a falar do Schopenhauer!? Cá para mim era mesmo do Cheicuspir, com aquela coisa da questão!... Alguém sabe retraduzir do alentejano?
Cheicuspir = Shakespeare?
Não me supreende nada o que vocês contam acerca do Schopenhauer. A maior parte da filosofia Européia do século XX nada mais era do que viadagem enrustida.
Eh, pá!
Isto é melhor que o "Sempre em Pé" do Luís Filipe Borges.
Ó brasileira, isso é que é uma visão rigorosa! Muito bem!
Esta é p'ro Manuelinho
Uma quadra a perceito
Já entornas o vinho
Ou perdeste-lhe o jeito?
:)
Em cima duma pedra
Uma lesma ranhosa
Quis falar ao Rumi
Com uma voz maviosa:
- Teu amigo, Manuelinho
Andava-me a falhar
Não provava do vinho
Mesmo sendo a gastar…
Estranhei logo a intrusa
Cuspi logo um segredo
Será que perdeu a t…
Ou acabou-se o enredo?
Ai, Ti Zé, qu’isto agora
Nem com ela lá vai
Vou mas é já embora
Levar vinho ao meu pai.
O meu irmão, coitadinho,
Já nem dorme nem come
Dei-lhe a provar o vinho
Nem mesmo assim, o pobre…
Já nem tango o comove
No deserto a dançar
Vou mas é ver se chove
Ou então questionar
É que as lesmas não esperem
Que as venham pastar
Vou já p’ro Alentejo
Sempre a cuspir p'ro ar…
Um abraço ao Manuelinho
Bem, expliquem-se... O Arthur gostava ou não de mulheres? Ele defendia o Oriente, os povos polígamos, mas não me parece que fosse por gostar de mulheres, pois não tolerava que as damas do Ocidente tivessem direitos iguais aos dele. "a mulher é o segundo sexo, não foi feita de modo nenhum para inspirar veneração e receber homenagens".
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