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Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".
"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"
- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente
Saúde, Irmãos ! É a Hora !
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10 comentários:
Não há nenhuma realidade anónima fora do pensares isso. Uma realidade anónima é uma contradição nos termos pois é já um nome.
como Anitónima?
ou como a palavra e o ovo?
já existe o ovo antes da palavra?
e o bosão de Higgs
existe alem do nome?
podem os nomes implicar a criação de realidades?
palavras demiúrgicas?
O que não é contradição não existe, tudo nasce dela.
Platero, não estou a apanhar...
hoje já me cansei de pensar.
Porque se suicidam tão tardiamente?
As aves já despertaram e o seu canto é urgente!
Platero,
a palavra permite ao Homem reconhecer a realidade... mas não a substitui... é essa a aprendizagem.
Pensar uma realidade é a demiurgia do logos... Creio que tem razão, Platero... Vivemos na demiurgia da logocracia: o que "é" nunca foi real, nunca foi.
anita
alem de reconhecer/designar/descrever a realidade, a palavra - a sua mais nobre função seria antecipar/criar realidades
a tal função demiurgica interpretada em meu favor pelo Paulo Borges
mas não te canses muito a pensar...
Sim. talvez sim. afora dos nomes sitiados no pousio do logocentrismo, os nomes podem levar pela mão o pensar até aos confins de um anonimato, enredá-lo na trama de um "On" que é mais do que um nós defronte ou dentro, como conteúdo em continente, que é a irrisão do eu e do outro, o estilhaçar do nome de ambos numa indiferenciação que se lamina os nomes é para reabilitar nos pulsos a força nomeante. fugídia como um nome a inventar que dissesse o aroma, o sabor de uma gota de chuva. Impermanente e insurrecta além das estátuas de sal até que os nomes o sejam de ninguém (tomando a realidade por alguém). luís filipe pereira.
Platero,
a própria re-criação da realidade acontece-nos... sendo que nesse sentido é um reconhecimento da tal paixão-criação em que nos deixamos ir... mas sim... pode ser separado também.
Da cada dia mais... Anitónima. :P
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