É do rumor fundo e eterno do silêncio
Que a voz evoca a narrativa trágica
Fomos, em algum tempo, traídos pelo Tempo
É por ele que libertamos a palavra
Para que o Amor seja o rumor de fundo
Que o dia guarda na sua mão fechada
E a palavra desenhe no coração do drama
Os símbolos e os signos da nossa história antiga
O que não pode ter voz que não seja metáfora,
O que não se arruma na estrutura de um verso,
de uma sílaba, de um som
Não pode cair na infâmia de um grito!
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