sexta-feira, 25 de setembro de 2009
UMA PALAVRA:
Novamente na posse da palavra, uma vez mais restituída por óbvias razões que, por pudor, me escuso de explanar, não me retiro sem primeiro exercer o direito de responder a quem me quis conspurcar com os seus torpes comentários... feitos na certeza de estarem a bater numa criatura... amordaçada, ou seja, de mãos atadas. Que "pandilha"! JCN
Novamente na posse da palavra, uma vez mais restituída por óbvias razões que, por pudor, me escuso de explanar, não me retiro sem primeiro exercer o direito de responder a quem me quis conspurcar com os seus torpes comentários... feitos na certeza de estarem a bater numa criatura... amordaçada, ou seja, de mãos atadas. Que "pandilha"! JCN
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11 comentários:
Camões naufragado em traições, miséria e desprezo, e Pessoa engavetado num arca e hetero-aguardentado em gente, e Rilke abraçado pela boca ao anjo do terrível, e Holderlin sepulto em vida como uma diotima feito criança em velho, e Novalis noivo da Noite e viúvo de si em Sofia, e Rumi teo-engulido em êxtases de um amor sem Amante, e Dante exilado vivo na comédia infernal da vida dos dias medianos, e Shelley afogado de frios nas ondas que haviam de cremá-lo areia naquela praia, e Goethe enmetistoferado em Werther como um avô hermético de Fausto, e Keats defunto prévio como jovem nas asas dum vaso grego feito mascara fúnebre, e Leopardi deambulando ócios tristes pelos ermos imbucólicos dos ítalos infinitos, e Pascoaes pobre tolo em caveira saudosa do mar assombrado no marão povoado de espectros e empecidos, e o Sá, rachado de Miranda de tanto ver vergonhas mas sem vergar, e Antero disparando nirvanas no cano da vida moderna que já não o suportava pensador de casino, Bernardim moço e menino saído da casa de si saudosa da saudade do além-amor das margens do pastorear a alma, e..., e...
Nenhum deles, por um só e ínfimo instante, por qualquer pequena ou grande ou muito grande glória, sempre coisa muito facínora do tempo, dos tempos sem tempo e da vaidade de todos os tempos, nenhum deles, por um só e ínfimo instante, trocaria por isso a sua voz, que depende de nada para ser alma em poema no lugar do coalhar do sangue da alma vivente: nem do escrever, do dizer ou memorar sequer depende.
Depende só, e só, de ser... de ser poesia no fogo aquoso das cinzas em que, quanto mais feneça e se sepulte o que canta, mais lhe sobrevive a voz à vida, e o poeta ao homem.
Só tem mordaça quem a si amordaça.
(E, ao que se saiba, nenhum deste escrevia em blog...)
Que pena me dá este exibicionismo... lorpa! Amordace-se... homenzinho de Deus! JCN
"Quod erat demonstrandum".
Dizer que "Só tem mordaça quem a si amordaça", além de ser mau português, não passa de uma bronca patacoada, recomendável para fim de conversa. Eu diria:
Só se amordaça... quem se torna incómodo! Aprenda, meu rapaz! JCN
Com essa do "Quod erat demonstrandum", tudo faz crer que vossemecê perdeu... o pio! Não lhe ocorre mais nada, senhor DAMIEN?!...
P. S. - Olhe que não é "Quod erat", mas "Quod est". Nada cobro pela lição. Sempre gostei de ensinar. Foi hábito que me ficou de meio século de magistério, a todos os níveis. JCN
Ai, caro João, tantos anos e ainda tanto para aprender. Mas não é isso mesmo a vida? Se fosse eu, pediria desculpas e começava de novo. Veria, então, que os sonetos ficariam ainda mais bonitos.
Diria um Amigo meu que "não vale a pena o cansaço".
Abraço Grande , Homem.
ó meu Deus, João! Ainda ontem te li pela primeira vez, ainda ontem te desenhaste em mim como promessa, e agora, que pela primeira vez posso comentar, assim te apresentas em despedida... ainda agora aqui cheguei e já tenho que treinar o desapego!
Senhor Luís Santos: basta-me que sejam... "bonitos". Com isso me contento. Pelo visto, sempre há alguém que gosta. Graças a Deus! JCN
Meu caro senhor Luís Santos: estoulhe grato pela recomendação, que só perde por escusada, uma vez que tenho por hábito... recomeçar todos os dias, como se cada um... fosse o primeiro. Já escrevi a respeito, em prosa e verso. Em todo o caso, é de agradecer! JCN
Então, recomecemos.
Eis um bom tema para um soneto, terno romance à luz das duas luas de Júpiter: Recomeçando.
Aproveito para agradecer ao Paulo Borges a criação deste nosso ponto de encontro. Todos somos sempre poucos.
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