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Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".
"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"
- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente
Saúde, Irmãos ! É a Hora !
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2 comentários:
Tende a simetria a convencer-nos de que algo seríamos como um pórtico de em tudo assemelhadas colunas que se equivalem no suster do que seja frontão em nós.
Ora, o facto é que a verdadeira im-perfeição é a simetria, quando exacta e impecavelmente rigorosa, e não o sempre quase do irrigor de termos dois hemisférios de ser: completando-se, e não reflectindo-se.
Assim se passa com tudo, porém. Melhor apreciamos as complementaridades do que as réplicas.
Há, porém, um caso (e um único, creio) em que a quase, quase exactidão do reflexo nos compraz e repousa sem dúvida ou cogitação: no liso espelho de água dum lago ou dum oceano.
Talvez porque isso nos transporte para algum saudoso remanso que a ondulação incerta ou os mais agitados turbilhões do viver nos rarissimamente oferenda ou devolve.
Bela imagem e belo comentário.
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