sexta-feira, 18 de setembro de 2009
"Sequência é simultaneidade" - John Brockman
Fonte: Google Images
O Homem está morto. Ele é apenas um mundo de informação. Informação, neste contexto, significa regulação e controlo e nada tem a ver com significado, ideias ou dados." Se, quando ocorre uma alteração num sistema, ele for capaz de reagir de modo a manter a sua própria estabilidade, daí deduz-se que ele tem capacidade para receber informação" (1). Informação não é mais que uma abstracção. Como abstracção que é, ela permite novas observações e associações, para discernimento de padrões e organização. Note-se que a tónica está na reacção à mudança. A única preocupação aqui é com a reacção, com o efeito. A informação é apenas a medida desse efeito. E refere-se à forma como o centro de controlo do organismo, o cérebro, reage à mudança, em ordem a manter o sentido de continuidade.
O passado é ilusão. "O futuro não é" (2). É mesmo necessário deixar de falar do presente, o que implica outros aspectos da abstracção do tempo. Tempo, que não pode ser experimentado directamente. Tempo, que não existe no mundo neural. Considerações sobre a interpretação da ordenação da experiência do cérebro pertencem ao mundo do passado. O passado é ilusão. Não há sequência alguma. Não há causa específica. Há apenas a ordenação e o arranjo da experiência do cérebro num universo de operações simultâneas. O passado é ilusão. Sequência é simultaneidade.
John Brockman, in "By the Late John Brockman", Anchor Books, Peterborough, 1996, págs. 15 e 72.
(1) J. Z. Young, "Doubt and Certainty in Science", Oxford University Press, Londres, 1962, p.16.
(2) Sören Kierkegaard, citado in Loren Eiseley, “The Firmament of Time”, Atheneum Publishers, Nova Iorque, 1966, pág.117.
O Homem está morto. Ele é apenas um mundo de informação. Informação, neste contexto, significa regulação e controlo e nada tem a ver com significado, ideias ou dados." Se, quando ocorre uma alteração num sistema, ele for capaz de reagir de modo a manter a sua própria estabilidade, daí deduz-se que ele tem capacidade para receber informação" (1). Informação não é mais que uma abstracção. Como abstracção que é, ela permite novas observações e associações, para discernimento de padrões e organização. Note-se que a tónica está na reacção à mudança. A única preocupação aqui é com a reacção, com o efeito. A informação é apenas a medida desse efeito. E refere-se à forma como o centro de controlo do organismo, o cérebro, reage à mudança, em ordem a manter o sentido de continuidade.
O passado é ilusão. "O futuro não é" (2). É mesmo necessário deixar de falar do presente, o que implica outros aspectos da abstracção do tempo. Tempo, que não pode ser experimentado directamente. Tempo, que não existe no mundo neural. Considerações sobre a interpretação da ordenação da experiência do cérebro pertencem ao mundo do passado. O passado é ilusão. Não há sequência alguma. Não há causa específica. Há apenas a ordenação e o arranjo da experiência do cérebro num universo de operações simultâneas. O passado é ilusão. Sequência é simultaneidade.
John Brockman, in "By the Late John Brockman", Anchor Books, Peterborough, 1996, págs. 15 e 72.
(1) J. Z. Young, "Doubt and Certainty in Science", Oxford University Press, Londres, 1962, p.16.
(2) Sören Kierkegaard, citado in Loren Eiseley, “The Firmament of Time”, Atheneum Publishers, Nova Iorque, 1966, pág.117.
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8 comentários:
Matéria sobeja... para uma boa reflexão. Dará para um soneto?!... JCN
é interessante como cérebros sabem tanto de cérebros e esquecem aquilo que não podem saber, como se a existência do tempo fosse importante, importante é saber o que está no interstício do cérebro, o que está no intermitente nas conexões perceber o que é a criação, essa sim importante, a informação é uma invenção do estado de controlo.
boa conversa para deístas.
Supus que estava dito no texto:
"Tempo, que não pode ser experimentado directamente.
Tempo, que não existe no mundo neural."
"Sequência é simultaneidade".
Essa de esquecer "aquilo que não podem sabe" é mesmo "à baal"...
É como se se dissesse que o homem não pode saber o que o que não pode.
Que adianta dizer isso? É o mesmo que dizer que uma girafa não pode ser um homem porque a girafa não é homem, embora não o saiba. De nada lhe adiantaria saber. Nem não saber.
Um belo dia, baal esquece-se que não é Baal, e vai achar que Baal é baal.
Desargumentos... do costume!
Desculpem.
Onde se diz:
"É como se se dissesse que o homem não pode saber o que o que não pode"
queria escrever-se, evidentemente,
"É como se se dissesse que o homem não pode saber o que não pode".
baal não é 'baal' , pulula no plano de imanência, a vida não é uma vida, é actualização do virual esse sim real, somos no fundo emanências da vida, essa sim o plano de imanência, não existimos somo uma possibilidade, uma actualização. não são grandes argumentos mas culpa é do c´rebro que não se actualiza à velocidade necessária. para uns muito rápido, para outros lento, um cérebro/deus injusto.
virtual mas também é actualização do viral
Que confusão de... narizes! JCN
baal - ou a pressuposição dum pensar sem suspensórios...
Não são grandes argumentos, não, baal, mas a culpa (que é a culpa, no argumentar?) é de imaginar-se que haja tal coisa: pelos vistos, quem fala de "culpa" não são os "deístas"... Curioso! (Sintomático?)
Lá está: quem está costas com costas com deus, nem se apercebe que tem as costas a serem-lhe coçadas por Deus...
Nada de novo!
baalidades...!
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