O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


domingo, 27 de setembro de 2009

Portugal




“Ninguém sabe que coisa quer,
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal, nem o que é bem.

(Que ânsia distante perto chora?).

Tudo é incerto e derradeiro,
Tudo é disperso, nada é inteiro.

Ó Portugal, hoje és nevoeiro...

É a Hora!”

Fernando Pessoa

13 comentários:

João de Castro Nunes disse...

Francamente... enigmático! Será?!... Ou demasiado transparente e... premonitório?!...
No fundo... carismáticamente... poético. Merecia um camoneano soneto... ao meu jeito. Vou tentar! JCN

Anónimo disse...

Então o que é ser português?

Anónimo disse...

E uma outra pergunta... O JCN seria capaz de pegar em todos os seus sonetos e queimá-los, reduzi-los a cinzas? (não pretendo ofender a sua identidade, é pura curiosidade...)

João de Castro Nunes disse...

Ser português, sr. KUNZANG, é ser... português. Tal como ser chinês... é ser chinês. E por aí fora, de pátria em pátria, que é como quem diz: de país e país. JCN

João de Castro Nunes disse...

De nada adiantava, sr. KUNZANG, porque já andam na boca de muita gente. Ofender?!... Mas vossemecê acha que tem estatura para isso?!... JCN

João de Castro Nunes disse...

Não estará vossemecê picado, sr. KUNZANG, pelo inofensivao gracejo do HOMESSA?!... De volvo-lhe o conselho, em boumerang, a rimar com o estranho nome de vossemecê: "Não leve a vida tão a sério"! Divirta-se, homem! E, de quando em quando, dê um ar da sua... graça! JCN

João de Castro Nunes disse...

Será, sr, KUNZANG, que se vai repetir o desairoso caso do Damião?!... Por mim... nunca me furtei a um bom combate: armas iguais e regras limpas! JCN

Anónimo disse...

O único combate que considero ser digno é a luta contra a fonte de toda a ignorância, o ego. Os seus gracejos são sempre bem vindos pois permitem desvendar tudo e nada o que busco nesta vida. Em relação à estatura, a minha mulher ainda não se queixa; escrevo 'ainda' pois as leis da impermanência são implacáveis;)
Por isso, "atirai pedras", não para insuflar o meu ego orgulhoso, sim para o queimar e reduzi-lo a cinzas. É por isso que acho o Damien genial pois ele faz isso melhor que ninguém.

João de Castro Nunes disse...

Se para me reduzir a cinzas... está à espera do sr Damien, pode esperar... sentado, fumando um bom charuto e divagando sobre o tudo que é nada e o nada que é tudo! O sr. Damien... está fora de combate, ao que suponho e ele próprio proclamou, "pedindo batatinhas". Para seu futuro governo, sr. KUNZANG, tenha sempre presente que sem armas não se vai à guerra. Por outras palavras: quem liberta ventos... enfrenta ventanias. E ainda: quem provoca... sujeita-se a "levar p'ra tabaco". Não sabia?!... JCN

João de Castro Nunes disse...

Sr. KUNZANG, guarde para si... esses segredos de alcova. Tenha recato! JCN

João de Castro Nunes disse...

Sr. KUNZANG: antes gracejar... que acender fogueiras! JCN

João de Castro Nunes disse...

sr. KUNZANG: que contas... vai dar a sua mulher?!... JCN

João de Castro Nunes disse...

Vossemecê, sr. KUNZANG, bateu... na porta errada! Vossemecê ficou cego de raiva... ou quê? Eu moro na porta ao lado. JCN