segunda-feira, 14 de setembro de 2009
"Abrir a alma à piedade"
De Marco Aurélio, o imperador romano
famoso pelo seu epicuriamo
se diz, falando em termos de humanismo,
que respeitava, além do ser humano,
toda e qualquer vivente criatura,
fosse grande ou pequena, linda ou feia,
de mansidão dotada ou de bravura,
bicho de toca, aranha em sua teia.
Conta-se até que, quando passeava
nos seus jardins, a meditar sozinho,
e por casualidade se cruzava
com qualquer formiguinha no caminho,
detinha o passo para, em paridade,
ver quem teria ou não... prioridade!
JOÃO DE CASTRO NUNES
Coimbra, 14 de Setembro de 2009.
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1 comentário:
Caro JCN,
o seu soneto fez-me recordar uma passagem no livro "Sete Anos no Tibete", no qual o autor escreveu que os tibetanos, ao cavar a terra, tinham muito cuidado em não matar a bicharada que por lá passava.
Saudações para Coimbra, a cidade que "tem mais encantos na hora da despedida".
Já percebi por que é fã de Camões...
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