O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


domingo, 20 de setembro de 2009

UM POEMA da Reforma agrária

LA TIERRA TUYA ES MIA

TODOS LOS PIES LA PISAN

NADIE LA TIENE, NADIE

(Nicolas Guillén)


Diz-me, camponês diz-me

Que domínios sonhas – Alentejo –

Quantas terras, fincas

Herdades queres?


Que sem-limites mapas

Esboças

Farms quintas

Machambas roças?


Que países continentes

Ilhas brasis

Áfricas territórios

Invejas

Para a desmedida

Força dos teus braços?


Calma camponês calma

Força e calma

Que não demora a Terra

será pelas tuas mãos

nosso Jardim e seara

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