O meu professor de shiatsu diz que
as rebentações nas ondas das praias vão
embater cada vez sem mais resignação
contra camarins do favoritismo, contra os
modus-operandi estravagantes de arcebispos,
contra as trivialidades snobs dos deputados,
contra o agasalhado château dum leopardo
filistino en-vogue – paralítico napoleão rebaixando
reuniões sobre fisco infalível ou dumping social –
e contra as cúmplices matracas dos crachás.
Após as provações de permissividade inibidora
virá a papeira avant-garde desmantelar a perícia
das boulevards deflectoras da cidadania global,
com encorajamento de poliomielite dar-se-á a
subtóxica polinização ad aeternum dos opus dei
desbocados pelos ditames à palheta de sua cómoda
desvirtuada, atestando com grogue de formol a
anímica hor’agá, à escala, dos pilotos estroinas que
processam os componentes e calibram os reagentes
da carola de caruma e ComItivA de CompanhIA que
desapropria da ilibação tais enxovais com desacatos.
Virá uma contrasalva do Paleolítico Superior servir de
hélice propulsora para salvaguardar o Holismo Gaiense!
As treliças do alfarrobista são corroídas pelas zeigeist
entrópicas, cujo perfil vigora como ipomeia violacea
de restrição, que autofagiam as comissuras labiais dos
morpheus escapulindo-se da água-benta aspergida,
sem absentismo, deste eugénico gulag blutschande.
É mata perpétua abjurada como trégua, ex-pectante
fusível estampilhado pela mundivisão dos estratos,
âmbito de asneiras grassando munições em lavagem,
delgado tarrafal, gaspacho à beira do badagaio, elixir
de oxidase de monoamina, itinerante toro pré-helénico
de foro ontológico cujo rejuvenescimento é entravado
pela disritmia diapezam, warcraft e dungeons&dragons.
Quando a incisão coronária tolher a hipersemia
fac-simile do sôr-reverendo será rapsódia de ciano,
seu clíster onanístico será enema de morning glory e o
Outro Transcendente, esfarelado pelos torções, poderá
novamente ser quinino de ergotina, a bobina rústica
será destravada, do Minóico Tardio recomeçará um
narcótico Revivalismo Arcaico, o convénio de adidos
passará por umbral admonitório e fará melopeia com
Tanatos, eclodido num cacifo chamuscado de Gizé ou
Queóps e o Relâmpago de Indra efectuará os Mistérios
Elêusicos, isto disse-me a minha professora de reiki mix.
in quimicoterapia
2004
3 comentários:
Grande Quetzalcoatl! Mais uma vez referiste-te as coisas pelo nome que elas tem.
Qualquer semelhanca com Michel Houellebecq e a sua muito pertinente analise do esvaziamento da nossa etica "liberal" e a sua transformacao num dos conservadorismos mais repressores de sempre e mais do que mera coincidencia.
Desculpa a falta de acentos. Finalmente consegui uma ligacao a internet, depois de muito batalhar, mas so da para conectar a partir do programa windows do computador, que e uma Macintosh. No Macintosh consigo por acentos e cedilhas, no windows nao.
eu tenhu delirado bastante com o slavoj zizek e com o antónio damásio e hoje ainda li umas belas do sartre mas boris vian é que é o meu Homem!
os acentos não fazem falta, obrigado por gostares dos meus devaneios, também já não os lia à imenso tempo, só lhes vejo é defeitos hoje em dia
* **
"Não penses que a sabedoria é feita do que se acumulou. Porque ela é feita apenas do que resta depois do que se deitou fora."
Vergílio Ferreira
Um dos muitos "Pensar" que tenho muito bem guardados para ocasiões como esta. Aliás, este até é curto, e a profissão "obriga-nos" a decorá-lo.
Tal como este que aqui se adequa.
É qualquer coisa como isto, parafraseando:
Ler para quê? Leio pouco. Livros que distraiam? Estou bastante distraído comigo próprio. Nem bem mesmo os livros que me acrescentem o saber, mas o que me acresentem a mim. Nós somos imensos, mas atrofiados. E Importam-me os livros que desenvolvam o que eu sou. Quantas coisas ignoramos que somos, apenas porque o embrião disso se nos não desenvolveu até ser visível. Um livro que acrescente, não que se me acrecente. O que acumulei é muito. O que fui é muito pouco.
E agora diria eu, se calhar é mais do mesmo. É aquela fase em que a vida nos obriga a não pensar muito, cada um com a sua. Lemos, rebuscamos, aproveitamos o que já considerámos como lixo tóxico e vemo-lo hoje em metamorfose de significados. O que se nos apresentou como ontem, hoje não é amanhã, e por aí fora... O que fazemos então? Escrevemos. PIM!
Por hoje agradeço-te isto, pelo fim das tuas palvras "...também já não os lia há imenso tempo, só lhes vejo é defeitos hoje em dia"
Talvez por eu que esteja num desses dias.
Grande quETzal!
Abraço
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