O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


terça-feira, 29 de julho de 2008

De(finição)

... é a lembrança do esquecimento e a esperança de a ele regressar.


2 comentários:

Paulo Borges disse...

Saúdo este vislumbre, lendo esquecimento como plenitude que se não sabe sabendo-se.

Anónimo disse...

Paulo,

É essa a leitura... estava com receio que não se compreendesse...
Hoje pensei nessa frase, enquanto viajava (é sempre bom reflectir enquanto o espaço vai mudando).Eu gosto. Ainda bem que a frase foi entendida como foi pensada.
Um grande abraço a quem lê tão bem.