quinta-feira, 17 de julho de 2008
linha verde ou linha azul
Ouço pessoas no metro a falar sobre outras pessoas, a dizer que gostam muito delas e vão ter saudades. A dizer bem de outras pessoas, o que é raro. Nomeiam as pessoas pelo nome e são americanas e hippies. Eu não sinto nada disto por pessoas e é de alguma forma triste e seco. A bem dizer também não sinto nada destes sentimentos agarrativos e muito emocionantes por coisas que não pessoas. Ou seja, não sinto nada e já estou como o outro. O que sinto, para dizer que sinto alguma coisa, é medo de não sei o quê, de pessoas e de mais nada porque que é o mundo senão pessoas? Estão por todo o lado.
Se fosse para um sítio sem pessoas o que sentia era nada, ou uma simples pacificação sem nada de emocionante, um sentimento de estabilidade por saber que não ia acontecer nada senão aquilo: nada. Não havia olhares nem olhares meus sobre mim. Eu não sinto nada. O máximo que sinto nos últimos tempos são pacificações pontuais quando me encontro sozinha, nada de outras coisas que façam andar para a frente ou para outro sítio qualquer. A serenidade pontual faz-me ficar onde precisamente estou. Chamemos-lhe apatia. E agora vou trabalhar.
20/5/2007
Ouço pessoas no metro a falar sobre outras pessoas, a dizer que gostam muito delas e vão ter saudades. A dizer bem de outras pessoas, o que é raro. Nomeiam as pessoas pelo nome e são americanas e hippies. Eu não sinto nada disto por pessoas e é de alguma forma triste e seco. A bem dizer também não sinto nada destes sentimentos agarrativos e muito emocionantes por coisas que não pessoas. Ou seja, não sinto nada e já estou como o outro. O que sinto, para dizer que sinto alguma coisa, é medo de não sei o quê, de pessoas e de mais nada porque que é o mundo senão pessoas? Estão por todo o lado.
Se fosse para um sítio sem pessoas o que sentia era nada, ou uma simples pacificação sem nada de emocionante, um sentimento de estabilidade por saber que não ia acontecer nada senão aquilo: nada. Não havia olhares nem olhares meus sobre mim. Eu não sinto nada. O máximo que sinto nos últimos tempos são pacificações pontuais quando me encontro sozinha, nada de outras coisas que façam andar para a frente ou para outro sítio qualquer. A serenidade pontual faz-me ficar onde precisamente estou. Chamemos-lhe apatia. E agora vou trabalhar.
20/5/2007
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
Que pena.
O sábio estóico era apático, de "apatheia", ausência de perturbação. Talvez isso não seja contraditório da com-paixão, do sentir em si o outro sem que isso nos perturbe...
Enviar um comentário