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Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".
"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"
- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente
Saúde, Irmãos ! É a Hora !
Se estiver interessado em Cursos de Introdução à Meditação Budista e ao Budismo, bem como sobre outros temas, como Religiões Comparadas, Fernando Pessoa, Mestre Eckhart, Saudade, Quinto Império, contacte: 918113021.
4 comentários:
Percebe-se o que se quer dizer, mas a verdade é que o pensamento e a filosofia não têm de servir, não têm de ser serviçais, não têm de ser úteis. Não têm de ser instrumentos para um fim exterior a eles mesmos. A sua suprema utilidade reside precisamente nisso. E é isso que desde sempre os torna tão incompreendidos pela mentalidade instrumental do senso comum, hoje generalizada e assumida como critério de normalidade pela era tecnológica.
Mas a questão não é precisamente essa? Não se serve (a esta sociedade pós-modernista) porque se pensa. Vivemos tempos curiosos, quase uma reedição de um estranho e trágico neo-realismo, como um automato de Moravia. Se ousamos Sonhar... Será que aqueles que ousam pensar além do utilitarismo, não são por isso mesmo, ostracisados? Agora que penso nisto, sempre foi assim. Já deram a Cicuta ao sócrates in illo tempore pelas mesmas razões...
Excelente blog...
Vou passando por cá.
Caro Daniel, essa é outra leitura possível do ambíguo dístico com a qual, é claro, concordo plenamente.
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