sábado, 7 de junho de 2008
Assuntos vários
De certa forma, diria que estou perdido no mundo.
Para dizer a verdade, nem diria que de certa forma, mas que estou completamente perdido no mundo.
Não que me sinta perdido nas tarefas diárias, de outro modo não funcionava.
Mas, se paro para pensar, logo a dúvida se instala.
O que devo fazer? Como viver?
Não sei, safa-te, orienta-te, sobrevive.
A necessidade e mesmo o seu preliminar, a consciência da necessidade, ensina.
A primeira leva à acção, a segunda à imaginação da acção.
Decisões práticas e decisões fictícias.
Aprendi, nos últimos dias, que não só vence o inteligente ou forte, mas, também, o dotado de qualidades morais.
O corajoso, por exemplo.
O pescador de caranguejo real no Estreito de Bering, o trabalhador numa plataforma de petróleo, algures no oceano.
Quem arrisca.
Quem arrisca pode perder, mas... perderá?
Que é mais importante na vida? Uma consciência tranquila. Será?
Agir segundo as necessidades e sonhos, para os satisfazer.
A sua satisfação é a nossa satisfação.
Penso que é altura de os portugueses se fazerem de novo ao mar.
A vida, no nosso país, é, em geral, miserável.
Os ordenados não chegam para pagar as contas.
Basta consultar os jornais para se saber que empregos há.
Tirando os gestores e economistas que no Expresso tanto são requisitados, a maioria dos empregos são mal remunerados, por exemplo em call-centers ou cafés, ou apenas à comissão, por exemplo comerciais.
Já não trabalhamos para viver, vivemos para trabalhar.
Porque quando deixamos de trabalhar, morremos. De velhos, se lá chegarmos.
Portugal não tem futuro.
Daqui a uns anos será um grande lar, para aqueles que tenham regressado a tempo dos oceanos que arduamente navegaram ao longo das suas vidas.
A maioria dos nossos políticos metem-me nojo.
José Sócrates mete-me nojo.
Quando um Primeiro-Ministro faz ouvidos moucos às manifestações da população, vivemos numa ditadura: podem berrar, gritar... não ouço, não me interessa, quero, posso e mando.
Quando os ministros deste Governo se dizem socialistas, só não me rio devido à conjuntura.
O partido socialista, hoje, é um grupo de cagões, especialmente o rapaz que aparece no programa "Corredor do poder", às quintas-feiras, na RTP1.
Esse rapaz concorda sempre com tudo o que o Governo faz, com tudo o que o partido socialista faz.
É isso a lealdade institucional? Não ter cérebro?
Não querer ver? Fingir que não se vê? "Está tudo bem, estamos a fazer tudo bem, se algo está mal, é a conjuntura".
Os partidos do centro são ambos maus, medíocres.
Apenas servem os interesses maioritários.
Nunca servirão o povo, porque são todos uns yes man.
A começar pelo Primeiro-Ministro, que só quer fazer figurão na Europa, embora seja o pior PM de sempre em Portugal.
O mais arrogante, autoritário e, ainda por cima, gozão - basta ouvir a sua retórica no Parlamento -, não obstante a conjuntura.
Os únicos partidos sérios são os mais radicais, à esquerda ou à direita.
Mas especialmente os da esquerda, porque o próprio PP já cheirou o poder e ambiciona, constantemente, aliar-se ao PSD, o que não acontece com o BE.
O BE só se aliará, parece-me, com alguém que tenha ideias com as quais concorde.
O PP, ao invés, aliar-se-á à menor oportunidade.
Ou seja, estão lá para o tacho.
Tal como os do PSD e do PS, exceptuando o grande Manuel Alegre, que é um homem de alma.
O PS, hoje, não é o PS. Foi tomado por uma corja arrogante, convencida, autoritária.
Metem-me nojo, não é demais referir.
Deviam ter vergonha e ir trabalhar, para que não tivessem o cu tão cheio de bombocas.
O Luís Filipe Menezes, por exemplo, é uma boa pessoa.
Isso viu-se pela forma como saiu da liderança do PSD.
Magoado. Porque estava lá com boas intenções e lixaram-no.
E quem o fez? Os senhores que se assenhoram dos partidos.
Pessoas sem emoções. Frias, calculistas, intelectuais, esquemistas, os teólogos de Feuerbach.
Pessoas que querem controlar os partidos, para controlarem a pátria.
E controlar a pátria é controlar as pessoas.
Qual o seu conceito de pessoa? Rentabilidade. Produtividade. Peças de uma máquina.
Na verdade, são grandes em Portugal, mas pequenos lá fora - até lhes fazem vénia!
Na verdade, são pequenos vassalos que nada controlam e creio que, se a população quisesse, faria uma revolução e pô-los-ia a trabalhar, já que o fruto do seu intelecto, certamente kunami, é o estado em que o país se encontra.
Parabéns, senhores políticos do centrão.
Para dizer a verdade, nem diria que de certa forma, mas que estou completamente perdido no mundo.
Não que me sinta perdido nas tarefas diárias, de outro modo não funcionava.
Mas, se paro para pensar, logo a dúvida se instala.
O que devo fazer? Como viver?
Não sei, safa-te, orienta-te, sobrevive.
A necessidade e mesmo o seu preliminar, a consciência da necessidade, ensina.
A primeira leva à acção, a segunda à imaginação da acção.
Decisões práticas e decisões fictícias.
Aprendi, nos últimos dias, que não só vence o inteligente ou forte, mas, também, o dotado de qualidades morais.
O corajoso, por exemplo.
O pescador de caranguejo real no Estreito de Bering, o trabalhador numa plataforma de petróleo, algures no oceano.
Quem arrisca.
Quem arrisca pode perder, mas... perderá?
Que é mais importante na vida? Uma consciência tranquila. Será?
Agir segundo as necessidades e sonhos, para os satisfazer.
A sua satisfação é a nossa satisfação.
Penso que é altura de os portugueses se fazerem de novo ao mar.
A vida, no nosso país, é, em geral, miserável.
Os ordenados não chegam para pagar as contas.
Basta consultar os jornais para se saber que empregos há.
Tirando os gestores e economistas que no Expresso tanto são requisitados, a maioria dos empregos são mal remunerados, por exemplo em call-centers ou cafés, ou apenas à comissão, por exemplo comerciais.
Já não trabalhamos para viver, vivemos para trabalhar.
Porque quando deixamos de trabalhar, morremos. De velhos, se lá chegarmos.
Portugal não tem futuro.
Daqui a uns anos será um grande lar, para aqueles que tenham regressado a tempo dos oceanos que arduamente navegaram ao longo das suas vidas.
A maioria dos nossos políticos metem-me nojo.
José Sócrates mete-me nojo.
Quando um Primeiro-Ministro faz ouvidos moucos às manifestações da população, vivemos numa ditadura: podem berrar, gritar... não ouço, não me interessa, quero, posso e mando.
Quando os ministros deste Governo se dizem socialistas, só não me rio devido à conjuntura.
O partido socialista, hoje, é um grupo de cagões, especialmente o rapaz que aparece no programa "Corredor do poder", às quintas-feiras, na RTP1.
Esse rapaz concorda sempre com tudo o que o Governo faz, com tudo o que o partido socialista faz.
É isso a lealdade institucional? Não ter cérebro?
Não querer ver? Fingir que não se vê? "Está tudo bem, estamos a fazer tudo bem, se algo está mal, é a conjuntura".
Os partidos do centro são ambos maus, medíocres.
Apenas servem os interesses maioritários.
Nunca servirão o povo, porque são todos uns yes man.
A começar pelo Primeiro-Ministro, que só quer fazer figurão na Europa, embora seja o pior PM de sempre em Portugal.
O mais arrogante, autoritário e, ainda por cima, gozão - basta ouvir a sua retórica no Parlamento -, não obstante a conjuntura.
Os únicos partidos sérios são os mais radicais, à esquerda ou à direita.
Mas especialmente os da esquerda, porque o próprio PP já cheirou o poder e ambiciona, constantemente, aliar-se ao PSD, o que não acontece com o BE.
O BE só se aliará, parece-me, com alguém que tenha ideias com as quais concorde.
O PP, ao invés, aliar-se-á à menor oportunidade.
Ou seja, estão lá para o tacho.
Tal como os do PSD e do PS, exceptuando o grande Manuel Alegre, que é um homem de alma.
O PS, hoje, não é o PS. Foi tomado por uma corja arrogante, convencida, autoritária.
Metem-me nojo, não é demais referir.
Deviam ter vergonha e ir trabalhar, para que não tivessem o cu tão cheio de bombocas.
O Luís Filipe Menezes, por exemplo, é uma boa pessoa.
Isso viu-se pela forma como saiu da liderança do PSD.
Magoado. Porque estava lá com boas intenções e lixaram-no.
E quem o fez? Os senhores que se assenhoram dos partidos.
Pessoas sem emoções. Frias, calculistas, intelectuais, esquemistas, os teólogos de Feuerbach.
Pessoas que querem controlar os partidos, para controlarem a pátria.
E controlar a pátria é controlar as pessoas.
Qual o seu conceito de pessoa? Rentabilidade. Produtividade. Peças de uma máquina.
Na verdade, são grandes em Portugal, mas pequenos lá fora - até lhes fazem vénia!
Na verdade, são pequenos vassalos que nada controlam e creio que, se a população quisesse, faria uma revolução e pô-los-ia a trabalhar, já que o fruto do seu intelecto, certamente kunami, é o estado em que o país se encontra.
Parabéns, senhores políticos do centrão.
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6 comentários:
Muito interessante, como desabafo, mas faltam alternativas construtivas.
Pois... também reparei depois de o escrever. Ontem já era tarde e não me apeteceu escrever mais, mas ainda pensei que algo interessante seria uma plataforma de discussão entre os partidos "radicais" da esquerda e da direita, porque são os únicos que têm ideias e que lutam por elas independentemente das clientelas. Talvez pudessem entender-se, não ao nível das ideias, mas no sentido de criar uma grande força política que colocasse os interesses dos portugueses acima de tudo, especialmente da Europa. Decerto tirariam poder aos partidos do centro. Os da esquerda combateriam os falsos esquerdistas e os da direita combateriam os falsos direitistas. Falo no BE e, eventualmente, no PNR, a nível de ideias os dois partidos menos conciliáveis. Poderiam entender que, apesar de ambos terem projectos diferentes, a sua luta é a mesma: melhorar a vida dos portugueses, o que não é o caso dos partidos do centro. Eventualmente, o PCP poderia entrar nessa plataforma, os Verdes, e até partidos que não têm representação Parlamentar, como penso que seja o caso do Partido Humanista. A ideia principal seria tirar poder aos partidos do centro, enfraquecê-los. No mínimo, teriam de voltar a interessar-se pelos problemas dos portugueses, se quisessem não perder o poder de todo. Assim se vê como uma oposição forte é importantíssima para o bem estar das populações, embora o PSD não seja realmente oposição ao PS mas, apenas, mais do mesmo. Por mim, nunca na minha vida irei votar no PS ou no PSD. Nunca num partido do sistema, seja ele qual for.
Boa ideia, mas dificilmente concretizável porque não parece que os dirigentes e militantes desses partidos tenham abertura mental para isso...
Desculpa puxar a brasa à "minha" sardinha, mas já reparaste no projecto Nova Águia / MIL ?
Sim, já reparei. É um bom projecto, na medida em que pretende aproximar os povos da Lusofonia e, eventualmente, discutir a vida dos portugueses. Mas não creio que tenham de ser os cidadãos a fazer política, porque para isso existem os políticos. Se tivéssemos de ser nós a fazer política, não precisaríamos dos políticos para nada. Mas penso que é sempre bom existir um projecto como a Nova Águia, especialmente se for feito por pessoas que têm essa abertura mental. Se servir, de algum modo, para melhorar a vida dos portugueses, é bom. Espero que isso aconteça. Mas neste momento os portugueses estão muito preocupados com a realidade, especialmente com a falta de dinheiro para pagar as contas, o emprego muito exigente e mal remunerado, o futuro. Muitos já estão preocupados com o presente, o que é ainda mais grave. Não sei o que correu mal no nosso país, mas tenho a ideia que nos anos 80 e 90 isto não estava tão mau. Eu era criança e adolescente, mas tenho ideia de que as pessoas andavam mais optimistas, menos preocupadas. De repente, endividaram-se e, para além disso, creio que as novas gerações não estão a sair bem preparadas do sistema educativo para o mercado de trabalho. Penso que a culpa é, eventualmente, daqueles que criaram este sistema, que ou já morreram, ou têm 50s, 60s, 70s. Criaram a sociedade em que vivemos e, agora, os jovens é que têm de se aguentar e arcar com o peso que herdaram. Por eles terem vivido à grande, nós não podemos fazê-lo. Por isso, também, cabe-nos a nós construir uma sociedade mais justa, diferente, para que os nossos descendentes não digam nem sintam o mesmo que nós. Algumas ideias: descentralizar (ex. bons serviços de saúde no interior do país, tanto a nível de condições como de horários), consumir menos, empobrecer as grandes empresas... não viver para o trabalho nem para o sucesso profissional, ensinar uma via de "contemplação", mais calma, o prazer na Arte ou na Natureza. Há tempos escrevi sobre o modelo social e critiquei o Anarquismo, defendendo a existência do Estado. Penso que também critiquei o Liberalismo. Agora, já não sei qual a opção correcta para um modelo futuro. Seria bom que não existisse Estado mas... seria possível? É que o Estado, pelo simples facto de ser algo acima do indíviduo, oprime. Boa sorte para a revista, para o movimento! Penso que é um movimento de pessoas cultas mas, acima de tudo, seria bom que fosse um movimento de pessoas sensatas, o que quer que isto queira dizer. Boa sorte!
Enganas-te Nuno, a política é da responsabilidade de cada um de nós. Abdicar desta resposabilidade a favor dos políticos é o primeiro passo para o autoritarismo.
Ana: se é da responsabilidade de cada um de nós, não precisamos de políticos profissionais para nada. Não digo que precisemos, apenas que não precisaremos, no caso de começarmos a ter acção política. Teoricamente, os partidos deveriam representar a "voz" das populações, para que os não políticos pudessem limitar-se a ter as suas profissões (como os políticos profissionais a têm)e a fruir o resto do tempo. Na verdade, não sei bem o que é a política, em que consiste, nem para que serve (não estou a dizer que não serve para nada...).
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