segunda-feira, 9 de junho de 2008
O nascimento do sonho, do homem
O erro está em pensar-se o homem acordado como desligado do homem a dormir. O despertar do homem é uma continuação do sono. Como o dia é uma continuação da noite. O erro está em pensar-se o sonho a dormir como desligado do acordar. O sonho a dormir é o estado embrionário do acordar. Como a fase embrionária humana antes do nascimento.
A criação humana é assim reproduzida a cada dia, o sonhar a dormir é a gestação, o acordar -para fora- é o nascimento.
P.S.: Perdão, não consigo conter as minhas alucinações (lúcidas?).
A criação humana é assim reproduzida a cada dia, o sonhar a dormir é a gestação, o acordar -para fora- é o nascimento.
P.S.: Perdão, não consigo conter as minhas alucinações (lúcidas?).
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21 comentários:
por vezes durmo acordado.
muitas vezes estou acordado, a dormir
pois... todos nós... enquanto não nos convencermos que a vida é sonho, e como tal não é p'ra estar a sonhar mais realidades, mas para vivê-la.
Quando assim for, podemos sonhar à vontade o que quisermos mas conscientes de que tudo é sonho.
(a minha criança aprendeu esta palavra... agora não sabe mais nenhuma...)
Ana, em vez de ficares presa na lógica unitária-binária, do 1=2 / 2=1, tenta baralhar esse esquema e dele te libertares com o terceiro excluído que é o 0, o zero, o indizível que não é sono-sonho nem realidade, que não é dormir nem acordar. Experimenta, pelo menos ! Ele habita em ti, livre de pensamentos e palavras.
Um Abraço
Interessante é saber que: "todo número com expoente zero tem valor 1 e zero elevado a qualquer número é zero, portanto não há solução real.", isto é, zero parece resultar da união do todo n'1 - que dá nada. Vou continuar portanto a buscar a união do todo, ou o nada.
Abraço de União, Paulo.
ou melhor, isso parece mostrar que quando um número - ou uma existência - é devolvida ao vazio, fá-la tornar à união primordial: Um.
Cara Ana, o que acho é que Um é já um conceito dualista, como todos os conceitos. Na verdade é a raiz de toda a dualidade. "Um" é "Maya" (ilusão), diz um texto indiano.
A visão que refiro é a da vacuidade (não do "vazio"), a visão sem apoio, pressupostos e referências. A vacuidade não é uma entidade nem uma perspectiva sobre o mundo, mas o reconhecimento da relatividade de todas as entidades e perspectivas, que só se manifestam como interdependentes entre si.
Não há uno nem múltiplo, nada está unido nem separado, porque nada existe em si e por si.
"Fisicamente é preciso distinguir três coisas: o vácuo, o vazio e o nada. O vácuo é um espaço não preenchido por qualquer matéria, nem sólida, nem líquida, nem gasosa, nem plasma, nem mesmo a matéria escura. Mas pode conter campos: campo elétrico, campo magnético, campo gravitacional, luz, ondas de rádio, raios X, ou outros tipos de radiação bem como outros campos e a denominada energia escura. Pode também estar sendo atravessado pelas partículas não materias mediadoras das interações. O vácuo possui energia e suas flutuações quânticas podem dar orígem à produção de pares de partícula e anti-partícula.
O vazio seria um espaço em que não houvesse nem matéria, nem campo e nem radiação. Mas no vazio haveria ainda o espaço, isto é, a capacidade de caber algo, sem que houvesse. No Universo não existe vazio, pois todo o espaço, mesmo que não contenha matéria, é preenchido por campo gravitacional, outros campos e pela radiação que o atravessa, de qualquer espécie.
No nada não existe nem o espaço, isto é, não há coisa alguma e nem um lugar vazio para caber algo. O conceito de nada inclui também a inexistência das leis físicas que alguma coisa existente obedeceria, dentre elas a conservação da energia, o aumento da entropia e a própria passagem do tempo. Sendo o espaço o conjunto dos lugares, isto é, das possibilidades de localização, sua inexistência implica na impossibilidade de conter qualquer coisa. Isto é, não se pode estar no nada. O nada é, pois, um não-lugar.
De acordo com o modelo padrão da Cosmologia (o Big bang), o Universo surgiu de uma singularidade primordial que, no instante zero, iniciou sua expansão, gerando tudo o que existe, inclusive o tempo e o espaço. Nesta singularidade estava todo o conteúdo de matéria-energia que existe. Antes, porém, não havia coisa alguma, nem vácuo, nem energia, nem leis físicas, nem espaço vazio para se ter alguma coisa e nem mesmo o tempo decorria. Era o nada."
Fonte: Wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Nada
Será o nada, afinal?
então como define o amor? o que é ele? somente união, união e separação em conjunto? ou algo que os desfaz... em nada - de tudo?
será ele Um, zero? Ou ambos?
não será o Um, ele mesmo, indizível? se o Um o é de modo inteiro, não poderá ele simultaneamente ser e não-ser? Haverá, efectivamente, distinção entre Um e zero? Ou o primeiro não incluirá o segundo? Como se denomina o que entrelaça nada e tudo?
A minha resposta, que agora não pode ser mais detalhada, só pode ser a mesma: vacuidade, que não é vácuo, nem vazio, nem nada.
Procura saber sobre vacuidade, conceito budista que é a tradução de "shunyata", em sânscrito.
Amor é o desejo de que todos os seres sejam felizes e livres (no reconhecimento da vacuidade) e o viver/agir realmente para isso.
É que não consigo entender - "deformada" pelo Princípio Único- o vácuo ou o não-ser estando deligado de outro pólo. Apenas entendo que pela união de dois, yin e yang se dê o rang, e esse então seja o Um que tanto pode ser e não-ser... apenas entendo que o amor representa essa diluição de pólos... agora a noção de vácuo, ausência cortada da noção da presença... não me encaixa :P
pode ser que seja falta de vácuo em mim... mas prefiro ver que seja de amor, porque com este sinto-me inteira, com o outro nem sei nem faço questão senão for pela via do amor, da plena união.
estaremos a falar o mesmo por certo, mas em linguagens distintas, é o costume... :)
afinal, podem-me dizer para almejar o vácuo mas só lá chego, amando-o, ligando-me a ele.
Repito que vacuidade nada tem a ver com vácuo nem vazio... É precisamente a experiência de que tudo é interdependente e, por isso, todos os conceitos e palavras, que tendem a separar x e y, são impotentes para descrever o modo como as coisas são. Incluindo a "vacuidade", se for ainda um conceito e uma palavra, e não a experiência do que há para além deles ! É preciso abrir mão do que pensamos e dizemos...
Abro as duas mãos, então... mas o coração é o eterno teimoso... só se reconhece na "vacuidade" existente no amor...
O verdadeiro amor, imparcial e sem apego, floresce precisamente na experiência da vacuidade... O amor é a flor e a festa da vacuidade.
ah já estou -a começar- a perceber a totalidade da palavra!
obrigada.
pode ser associado ao 3º elemento, "rang".
Vem de encontro -parece-me- ao que tenho dito e pensado.
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