Utente és tu, percevejo edénico
que deixa opinion makers encaixarem a
star seed no escarcéu da silly season,
permites que pousem como farmacólogos
com fiapos ice de pigmento altruísta
na fala amarrada à cave do próximo
episódio; juventude vincada a contrasenso
escalda, engatilhada mas sem cartuchos
escoa-se em esquecimento homeopático
e as certezas neuroteístas subelevam-se
quando a saudade procurar esferográficas
na braguilha dos iníquos, lesões de flanela,
abordagens para um coma acompanhado
que, pura e dificilmente, sempre existirá
como gargalo esfíngico involuntariável;
alheado, mas repleto de humadróides,
teme as convulsões extraídas pelas termas
de enxofre para capturar a enxaqueca à
qual a masmorra de Pandora lhe afivela
os tornozelos trinchados arbitrariamente.
Navegando pelos cantos da mesma maca,
sem noção das expressões conjecturadas
esperneia-se na piscina de potássio como
salamandra no caldeirão de Obélix, desde
o cigarrinho, passando pelo narguilé, usa
bongos vários, chillum e até vaporizador,
reencarna o decepcionante descaramento do
melting pot onde foi feito refém de plasticina,
como o golem que encaixotou o general-sem-
-medo na fronteira espanhola, baixa a capota
que a próxima sentinela redimir-te-á da culpa
beige que respiras sem engolires nem roubares,
sou só mais outro, que diferença farei? Basta
não visitares videntes tarôt e nunca o encararás
já esquartejado e destilado até ao vaticanús –
digo-me – nem fazes ideia o que a providência
me fez hoje querida; e lá vem a confidência de
covil como assistência anthrax para reparar a
redoma destrinçada e cessar de ruminar sobre
estorvos escusados, escoará todos os rebuliços
e falcatruas até à amistosa guaxini de cara triste
recatada em rímel e renda rasgada ponderando
se seu reportório é um fracasso formidável ou
se será a inépcia do namorado em empolgar-se;
enquanto amianta qual a abordagem para persistir
sem lhe consternar as estribeiras ribombantes,
já sonha ele: com pielas de harmina, chapeleiros,
condecorações honrosas em torneios de magik
thegathering, prostrar-se nos passeios de nudistas
só com um post-it da sua patroa cobrindo-lhe a
esplêndida genitália, red bull dá-te asas pingado
com miligramas de bromazepan, clomipramina,
quarteirões em motim não contendo a violência
resguardada contra todo o paladino a destituir
que se note que trava o som das sinapses como se
fosse Kali ou Shiva; ficou surdo de si sem saber,
movimenta-se parado intrometendo escadotes
como hiperfântico tresloucado chorado pelos
céus sincrónicos do pastoralismo tolteca e costuma
ficar escatológicamente escornando tifóides
à toa com o cacetete da academia da tutora,
porque nutre a desolação que acarreta de ter
sido emulsionado pela anátema do Hezbollah
com a radiação interna de polónio210 e, olhar
agora, as ameias antigas dos navios cargueiros
de viagens fantasiadas como mais que perfeitas,
só que seu rubor intravenoso não passa doutra
furgalha experiência governamental MK-ULTRA,
para contradizer o behaviourismo e convencê-lo
de que é: tanto um leucémico terminal intitulado
de Salmo RushDie, o Gagarin, enzima imigrante
da força policial francesa no Maio de 68, ou um
cantarino de clarim radical ludita vendendo auto-
-corãoDisses na praça Jamâa El-Fna, Marraquexe.
in quimicoterapia 2004
(algures em nenhures deitado a caminhar para onde disserem que estaremos mais inconscientemente completos ou versa-vice)
8 comentários:
Parabéns ! Cumpriste o objectivo deste blog: passaste para além de Deus ! No mínimo !
Caganda poesia, ó Malatesta!
Tens mesmo muitos blogues! Qual deles é autêntico? Como arranjas energia para tantos?
O poema está excelente.
Já agora, vê o filme "The Century of the Self". Está no Youtube. Tem tudo a ver com o que está escrito neste poema.
Quando tiver tempo posto-o aqui.
Abraço,
A
É original, mas é poesia da doença... Valerá a pena ser original ?
Menos mal, estava à espera de encontrar uma Caixa repleta de tamagoshis!
E pronto, já se ouvem os clarins da faina... e esperam-me as cabeças.
"klatuu"
dava uma tese sobre cheerleaders cibernéticos mascarados na elefantíse de quem ainda se importa . . .
vai rever o my name is earl mor
«Quem ainda se importa», claro: os iluminados como tu, sempre a ser encostados às paredes da latrina em que fizeram trono - pelo «miúdo gótico»!! :)
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