segunda-feira, 2 de março de 2009
Luigi Pareyson: Da liberdade como abismo
La libertà è una fessura nella compattezza della realtà, è una breccia, una crepa, una spaccatura nella continuità dell'universo. L'inizio assoluto è il nulla della libertà ed ecco perché è sorpresa, prodigio, suscita stupore; ecco perchè questo nulla ha qualcosa di vertiginoso, è un abisso che suscita angostia, sgomento. La libertà è in questo senso un mistero, che ha un aspetto esaltante e un aspetto opprimente, perché a in se stessa la sua fondamentale ambiguità.
- Luigi Pareyson (1918-1991), Ontologia della libertà. Il male e la sofferenza, Torino, Einaudi, 2000, p.32 [foto obtida na Internet, de autor desconhecido].
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7 comentários:
Abismo onde ora saltamos, ora nos ejectamos...
Liberdade, coisa terrível: tudo a cumpre negando-a.
"Cárcere do Ser, não há libertação de ti?"
Fissuras no compacto da realidade só à martelada...
A liberdade tem, pois, essa dupla vertente de exaltação e opressão. Ambiguidade que angustia por ser,ao mesmo tempo, uma possibilidade de abrir o real e a surpresa misteriosa de ser livre mergulho no abismo. Daí a sua afirmação e negação...
Muito bem trazido à reflexão, Luigi Pareyson.
Pareyson pretende o que no fundo sabe ser impossível: uma ontologia da liberdade. Pois a liberdade excede o ser e não há discurso lógico possível sobre o que não é, sobre o que é inobjectivável, enquanto experiência pura.
A mesma impossibilidade, creio, de José Marinho, ao pretender elaborar uma ontologia do espírito, que vejo mais da ordem desta liberdade abissal, irredutível às categorias do ontologismo helénico. A qual sinto mais próxima da shunyata indiana e particularmente budista.
Pareyson descobriu no final da vida o abissal Schelling, como dizia Marinho. E também colhe muito de Eckhart.
de caminho, ou serpenteando, será que a liberdade é uma essência 'tão profunda que abdica dos seus lutadores, mesmo os espirituais. a liberdade constrói-se sem luta? não será o contrário da tirania, se aceitarmos contrários?
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