segunda-feira, 30 de março de 2009
do físico ao metafísico
na terra sou semente encoberto
no Outono triste da humanidade
espero o certo momento da verdade
para fugir do profundo deserto
que é esta vida de carne e osso
mil passos perdidos no tempo cheio
quando me liberto e quando posso
nascer como flor e sair deste meio
para obter o meu ultimo perfume
para ser um esplendoroso lume
soltando o pólen do meu pensamento
lá sobre tudo e lá para dentro
das almas amadas, doce costume
ser desejado e um desejo no vento.
Madragoa 29.III.09
no Outono triste da humanidade
espero o certo momento da verdade
para fugir do profundo deserto
que é esta vida de carne e osso
mil passos perdidos no tempo cheio
quando me liberto e quando posso
nascer como flor e sair deste meio
para obter o meu ultimo perfume
para ser um esplendoroso lume
soltando o pólen do meu pensamento
lá sobre tudo e lá para dentro
das almas amadas, doce costume
ser desejado e um desejo no vento.
Madragoa 29.III.09
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4 comentários:
Ouço este soneto atravessar a escuridão branca de Lisboa.
Também ouço esta sua voz de "encoberto" pelo espaço. Dentro e fora desse espaço soa.
A semente encoberta, no outono, inteligente, fica bem sossegada a manter o seu calor e a assegurar a realização do seu potencial para tempos mais favoráveis, que são certos. No Inverno, ela sabe, o momento da sua verdade está quase a chegar, pois claro, por isso fica bem quieta, cada vez mais ardente e sapiente no ventre.
Belíssima a cadência dos teus versos, DH.
Dirk, e se os versos fossem acompanhados duma fotografia, tirada desse ponto da cidade, no momento em que os escrevias? Consegues descrever a paisagem que te inspirou? E já agora, os cheiros e as cores desta Primavera na Madragoa...
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