talvez indelicado,
mas é dedicada em simultâneo
ao Vergílio Torres, e à Raíz da Montanha
ao Paulo Borges e ao Dissipador de Rebanhos
Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".
"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"
- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente
Saúde, Irmãos ! É a Hora !
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4 comentários:
Numa visita a uma Igreja, deparo-me com este objecto. Seduzido pelo grafismo, espontâneo, abstracto, não resisti ao habitual processo de conquista. Só no fim, depois da satisfação do acto, percebi.
A raspagem das camadas de cera. A preparação do fluxo, da corrente fresca da oração. A dimensão do que não se vê, da enorme massa da montanha que está presente, pela sua raíz.
O tabuleiro das velas.
Que interessante...
A Fé como substracto que se recobre em camada de apelo,lágrima, dor e ardor em jeito de prece, na busca da esperança, da luz e da paz.
O des-vela-mento!
Grata pela foto e sua explicação.
Namastê
Gosto muito das suas fotos e textos.
Muito obrigado pela imerecida dedicatória.
Parece um quadro, parece Pollock, parece que a Ana Moreira está aqui dentro de mim a ver a imagem. É impossível acompanhar o teu ritmo. Tiras fotografias lindas e leibniztianas. Risos e sorrisos. Esta não está no caderninho arcaico...
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