O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


terça-feira, 5 de janeiro de 2010

eu escuto as grandes máquinas de produção humana
o delírio de uma gaivota que canta livremente
as ventoinhas siderais na fabricação do Outono
e não me venham dizer que caminho pelo lado contrário
eu sou outra coisa! vida e morte em simultâneo
e anseio “notícias do meu país” como uma prostituta na sua primeira vez
escutando homens que descem fundo para se conhecerem
por isso eu corro para o verbo da fantasia
como um cavalo cego em busca do seu nome

22 comentários:

João de Castro Nunes disse...

Tirando a primeira vez da prostituta e a do cavalo cegueta, esta... estaria bem para a "Nova Águia". Nada a opor. Pessoa, olhando por baixo das abas do chapelão, aplaudiria, virando mais um copo de três. Seguramente. JCN

Paulo Borges disse...

Bem-aventurados os pobres de espírito!...

João de Castro Nunes disse...

... porque deles é o reino dos céus! JCN

João de Castro Nunes disse...

Quem disse isto?!... Terá sido o Dalai-Lama? Só pode! JCN

João de Castro Nunes disse...

Será que, para o ser, a poesia tem de passar pela... ordinarice? Será que a primeira vez é igual... para todas?... Não aguardo resposta! JCN

João de Castro Nunes disse...

Quando quiser "notícias do meu país"... vou à internet. JCN

Luís de Camões disse...

JCN, ouvi dizer que és o Supra-Camões!... Confirmas?

João de Castro Nunes disse...

Absolutamente! Com uma diferença: não é "supra", mas "super". O "supra" é para o homem do bigodinho. Abusivamente, é claro! JCN

João de Castro Nunes disse...

Ó pá. porque não tiras a máscara... e dás a cara?!... Identifica-te, pá, como eu o faço! Queres o nº do meu B. I.? Da terra onde nasci? O nome dos meus progenitores? As minhas habilitações? Estas... já tas digo: a 4ª classe do tempo da maria-cachucha. Satisfeito, seu Camões do caraças? JCN

João de Castro Nunes disse...

Ainda não perceberam que toda a acção provoca re(acção)?!... JCN

Anónimo disse...

da reacção és tu, nem o neruda (que utilizas para disfarçar te salva

JCN2 disse...

Ó JCN, sou a tua reencarnação que veio para te dizer que tenhas juízo e tomes chá para o fígado!...

Anónimo disse...

Cambada de gente doida! Detesto vir aqui! Fico nervosa!

Anónimo disse...

JCN confessa logo que tens uma quedinha pelo Poeta Flávio e pronto! deixa-nos ler a poesia em paz. Dá folga ao teu cotovelo ó pá, deixa de inveja... chatinho.

João de Castro Nunes disse...

A metáfora por vezes
quando fora de razão
não é mais que parvoíce
pois se presta a confusão
como Neruda já disse
quando tem o cheiro a fezes!

JOÃO DE CASTRO NUNES

João de Castro Nunes disse...

Lá voltam os mascarados! A coberto de quem?!... Gato escondido... com rabo de fora. Sevandijas! JCN

Anónimo disse...

eu não sou o supra-camões, eu supero camões. jcn.

João de Castro Nunes disse...

Mas esse... sou eu ou és tu por trás da mascarilha?!... Cobardolas! JCN

João de Castro Nunes disse...

Lá voltam os mascarados!... A coberto de Quem?!... Gato escondido... com rabo de fora. Sevandijas!

Anónimo disse...

eu sou o teu reflexo,

João de Castro Nunes disse...

Com um "reflexo" precisavas tu nas trombas! JCN

João de Castro Nunes disse...

Eu tenho mais que fazer
do que aturar as serpentes:
nada me obriga a sofrer
a peçonha dos seus dentes!

Chega já de serpentinos,
vou para outra freguesia:
com poetas tamaninos
não me agrada a companhia.

JOÃO DE CASTRO NUNES