terça-feira, 12 de janeiro de 2010
Aqui posso enlouquecer continuamente
tenho pássaros e livros que o comprovam
fazer de conta que
não sequer saber se
amar o sol e a chuva no mesmo verso
e sair a correr como um rio que transgride
Aqui o silêncio é capitão e eu marujo
flores e terra sobre a cama
durmo e trabalho o sonho numa peça única de artista
Nesta máquina de escrever deito a cabeça
esqueço ao que vim
tudo é sexto sentido
quando se respira boca a boca as sombras da infância
tenho pássaros e livros que o comprovam
fazer de conta que
não sequer saber se
amar o sol e a chuva no mesmo verso
e sair a correr como um rio que transgride
Aqui o silêncio é capitão e eu marujo
flores e terra sobre a cama
durmo e trabalho o sonho numa peça única de artista
Nesta máquina de escrever deito a cabeça
esqueço ao que vim
tudo é sexto sentido
quando se respira boca a boca as sombras da infância
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3 comentários:
Gostei muito
Mais não sei dizer
Como quando vejo o arco-íris
ou o céu estrelado em noite fria
Que claridade, Platero, que claridade!
Abraço ambos os poetas!
É sempre refrescante e daquela ingenuidade que te faz "sábio", o sabor das nítidas e iluminadas e contrastadas palavras e imagem.
Bem vi o arco íris, bem passei as mãos pelas cores do ardo-íris... e estavas por lá, Platero! Eu vi!
Um abraço aos dois!
Mais um poema de que gostei e que também não quero comentar, para não
acrescentar palavras à claridade e ao que no poema é e está.
Termina com a palavra; "infância", mesmo em sombra ela é o começo...
a infância do mundo...
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