segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
"Ordinarice feminina" por João de Castro D'Aire
Oh ordinarice feminina!
Pudera eu conquistar-te, dama antiga!
Que por demais cintilam teus trajes balouçantes
Que ainda ruborizas se a ti me dou galante
Que por ti matraqueio cupido como dantes
Se tu não fosses tu, quão pútrida despida,
Tão oca, tão menina,
Minh' ordinarice feminina!
Dai-me honras desta dança, dalila dália dora
Plebeia cujo nome me aflora, ó se me aflora
Carente meretriz dos restos que além deitam fora
Minguante porque quis, chora, vá lá!, chora
Lábios rojos infectados
De ordinarice feminina!
Oh ordinarice feminina!,
Quiseras tu lavar-te, má mendiga!
Teus seios são já mamas, traseiro cabe ao rabo
Em vez de saberes ser, vais morrendo ao fim e ao cabo
Que era da Boa Esperança e agora a ver se acabo de
dizer-te o quanto ladras e cansas não descansas
barroca entrevada cuja registada é
Ordinarice Feminina!
Pudera eu conquistar-te, dama antiga!
Que por demais cintilam teus trajes balouçantes
Que ainda ruborizas se a ti me dou galante
Que por ti matraqueio cupido como dantes
Se tu não fosses tu, quão pútrida despida,
Tão oca, tão menina,
Minh' ordinarice feminina!
Dai-me honras desta dança, dalila dália dora
Plebeia cujo nome me aflora, ó se me aflora
Carente meretriz dos restos que além deitam fora
Minguante porque quis, chora, vá lá!, chora
Lábios rojos infectados
De ordinarice feminina!
Oh ordinarice feminina!,
Quiseras tu lavar-te, má mendiga!
Teus seios são já mamas, traseiro cabe ao rabo
Em vez de saberes ser, vais morrendo ao fim e ao cabo
Que era da Boa Esperança e agora a ver se acabo de
dizer-te o quanto ladras e cansas não descansas
barroca entrevada cuja registada é
Ordinarice Feminina!
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14 comentários:
Antes rosas que cardo(osas)! JCN
Ó filha, vai-te matar! JCN
Que boa altura... para o dono das serpentes se levantar... deitado! JCN
Para que serve a ordinarice... venha ela de onde vier?! JCN
Tendo um dia o general Gomes da Costa passado pelo consulado de Portugal em Vigo, o respectivo cônsul, colhido de surpresa, convidou-o para o almoço da família, desculpando-se da sua frugalidade e até um tanto ou quanto ordinário, ao que ele prontamente retorquiu naquele seu jeito ordinarão: "Não se amofine, meu amigo: para ordinário... ordinário e meio!"
João de Castro Nunes
Se quetres embarcar na ordinarice das mamas,,, tenws-me pela proa!
João de Castro d'Aire
Repito o anterior comentário, sem gralhas:
"Se queres embarcar na ordinarice das mamas... tens-me pela proa!
João de Castro d'Aires
Vacuuuiiidadeee!
Ó Fausta! Faustinha da minha vida! Nada de triplicar as vogais! Nada de transformao o latim em latão! JCN
Latim ou aquele blog há-de ser um corredor de morte!
Como dizia Carlos V a Erasmo, "troque lá esse latim em miúdos"! JCN
A maneira mais directa
de atacar a ordinarice
é usar a "arma secreta"
como aliás sempre disse!
JCN
Parece que a cardo(sa)... enfiou! JCN
Eu tenho mais que fazer
do que aturar as serpentes:
nada me obriga a sofrer
a peçonha dos seus dentes!
JCN
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