O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


sexta-feira, 4 de abril de 2008

Uma Homenagem a Gabriela Llansol

4 comentários:

Anónimo disse...

Muito bonito !

Um fragmento para si:

"Dançávamos no nevoeiro
as pontas dos dedos em chamas

ocupavas o Trono do Altíssimo
olhavas-me do avesso do mundo

[...]"

O resto perdeu-se, levado pela vida.

Graças !

Ana Margarida Esteves disse...

A suave luminosidade que atravessa os mais simples gestos do quotidiano ...

Anónimo disse...

Beijar-me-ás a boca, meu amor, nas horas ocultas em que Deus se esquece de o ser ?

Anónimo disse...

Pus as mãos no vento
e parti
o rosto encoberto
no mundo