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Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".
"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"
- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente
Saúde, Irmãos ! É a Hora !
Se estiver interessado em Cursos de Introdução à Meditação Budista e ao Budismo, bem como sobre outros temas, como Religiões Comparadas, Fernando Pessoa, Mestre Eckhart, Saudade, Quinto Império, contacte: 918113021.
4 comentários:
Ah Paulo...
...e morrer assim, perdidamente.
Uma leitora tardia de Silesius...
A esse canto Silesius diria:
" Ai nós outros homens não sabemos , como so pássaros das florestas ,
Reunir na alegria o timbre das nossas vozes diversas." 265
Mas, uma "boca ogivada" e ainda por cima "no azul imediato" leva-me a perguntar como Silesius:
"Amigo, se todos juntos não devemos cantar senão uma só coisa,
Que canção será, e que coro?" 267
O que se junta à voz de Cassandra? O que é sobreangélico?
"Maior é a diferença das vozes que reunimos
E mais maravilhosamente ressoa o canto comum." 268
Ai que ideia mais linda esta boca pensante e cantante deixou na minha alma a cantar! Voltar ao Outrora cantando e acordando as Sombras...
Que ideia mais linda, Amigo, esta que explica o carácter irresistível dos vitrais perpassados pelo "azul imediato" onde se morre, olhando, indo e cantando...
Silêncio que se vai cantar o fado!
Cantar o fado é vencê-lo e calá-lo. Libertar-se.
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