O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


terça-feira, 29 de abril de 2008

medo?



ou esperança?

6 comentários:

Anónimo disse...

Qual a diferença ?

Anónimo disse...

Leia M. Heidegger e depois
E. Bloch

Anónimo disse...

Medo?
All you need is Love,
Love is all you need...

It's easy.

Anónimo disse...

A sensação que dá de imediato, é que fotografaste de baixo para cima. Assim as coisas adquirem um tamanho desproporcional, fantasmagórico e eis… o medo? A folga entre o amontoado das formas, o branco sem leitura, será… a esperança? Se não fosse “medo” terias fotografado de cima para baixo, talvez, pairando no ar e tudo seria mais pequeno, a irromper no espaço onde múltiplos fenómenos se dão. O cruzamento das palavras e da imagem visual parece interessante. A imagem é deveras esmagadora o que é igualmente interessante. Tudo isto parece ser reforçado pela ausência de cor. Isto é apenas a minha leitura muito espontânea, é claro! O que me transmite. A fotografia é uma rica ilusão e o espelho nem sempre é assim tão fiel quanto se crê.

Anónimo disse...

"A fotografia é uma rica ilusão": será o mundo uma fotografia ?

Anónimo disse...

Lembras-te quando andávamos a jogar à apanhada? Eu levava um casaco folgado, tu apanhavas-me sempre, mas como me agarravas pelo casaco, eu libertava-me e tu ficavas apenas com o meu casaco na mão! Passado uns tempos, acabei por ser apanhada pelo Destino, um garoto muito mais velho que tu e que sabia fazer armadilhas a sério porque não sabia correr como nós! Bons tempos aqueles em que nem tu eras filosofo nem eu dona de casa e por tudo e por nada riamos à gargalhada! Nessa altura ainda não existia o real, nem a fotografia e "ilusão" era ainda um termo desconhecido…